Brasil pede apoio aos EUA contra sua maior empresa ( viralatismo de primeira)
Segundo informa o jornal Estado de
S. Paulo, o Ministério Público Federal que atua na Operação Lava Jato decidiu
pedir ajuda aos Estados Unidos, "onde está a mais eficiente rede de
combate à corrupção do mundo", para investigar a Odebrecht, maior
exportadora de serviços do País, com mais de 100 mil empregados; preso pelo
juiz Sergio Moro, o presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, iniciou sua
carreira nos Estados Unidos, onde a empresa construiu obras importantes, como o
Aeroporto de Miami, deslocando concorrentes norte-americanos; Barack Obama
agradece, até porque jamais pediria a outro país para levantar provas contra
empresas americanas, como a Halliburton, que foi uma das financiadoras da
invasão ao Iraque.
247 – O Ministério
Público Federal quer ajuda de autoridades norte-americanas para investigar a
maior empresa brasileira. É esta a manchete desta segunda-feira do jornal
Estado de S. Paulo, que defende o apoio formal à Lava Jato dos Estados Unidos,
onde, segundo a publicação, está a "mais eficiente rede de combate à
corrupção do mundo".
Uma investigação norte-americana
contra a Odebrecht, que atua com êxito nos Estados Unidos há vários anos, pode
ter efeitos devastadores para a companhia. Foi lá, por exemplo, que Marcelo
Odebrecht, preso pelo juiz Sergio Moro na décima-quarta fase da Lava Jato,
iniciou sua carreira, participando das obras do Aeroporto de Miami.
Caso seja carimbada como empresa
corruptora, a Odebrecht pode ser afastada de licitações nos Estados Unidos e em
outros países – o que já vem sendo tentado há vários anos por autoridades
estadunidenses. Em 2012, por exemplo, um juiz da Flórida tentou impor sanções a
empresas com atuação em Cuba e na Síria – era uma forma de impedir que a
Odebrecht atuasse em Miami, tomando o espaço de construtoras norte-americanas.
Neste fim de semana, a Associação
de Comércio Exterior do Brasil e a Associação Brasileira da Indústria de Base
publicaram manifesto nos jornais, defendendo a atuação dos exportadores de
serviços. Segundo a nota, o financiamento às exportações de serviços pelo
BNDES, que tem a Odebrecht como protagonista, garantem 1,2 milhão de empregos
no Brasil, na cadeia produtiva do setor de engenharia.
Destruir o Brasil antes de
destruir o PT
No entanto, setores da direita
brasileira hoje consideram que, para destruir o PT, vale até destruir o Brasil.
Já entraram em recuperação judicial três alvos da Lava Jato: OAS, Galvão
Engenharia e Alumini. A Queiroz Galvão ameaçou parar as obras da Rio 2016 e a
Mendes Júnior colocou em marcha lenta a execução do Rodoanel. A UTC Constran,
por sua vez, demitiu um terço dos seus empregados. Agora, com Odebrecht e
Andrade Gutierrez na mira, duas empresas que serão rebaixadas pela Moody's,
todas as obras do setor elétrico ficam ameaçadas.
Com a ação contra a Odebrecht no
exterior, as obras executadas por empresas brasileiras em outros países também
ficam ameaçadas, colocando em risco, inclusive, um importante avanço
geopolítico conquistado pelo Brasil nos últimos anos. Segundo a revista
norte-americana Foreign Affairs, bíblia da geopolítica internacional, o Brasil
se tornou um "global player" nos últimos anos, graças às posições
conquistadas na África e na América Latina por suas construtoras (leia mais aqui).
O presidente americano Barack
Obama agradece, até porque jamais pediria ajuda a outros países para investigar
as práticas de empresas americanas como a Halliburton, que financiou a campanha
de invasão ao Iraque para, depois de destruí-lo, reconstruí-lo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
se não tem nada a contribuir não escreva!