Atitude da
brasileira é considerada correta pela maioria dos leitores em sites de
notícias alemães. Vários dizem esperar postura semelhante da chanceler
federal Angela Merkel em relação a programa de espionagem dos EUA.
A chanceler alemã Angela Merkel (e) e Dilma durante visita da presidente brasileira a Hannover, em 2012
Anunciado às
vésperas da eleição na Alemanha, o cancelamento da viagem da presidente
Dilma Rousseff aos Estados Unidos, prevista para outubro, gerou
manifestações de apoio dos internautas alemães nesta terça-feira (17/09)
e acabou sendo comparado por eles à reação de líderes alemães às
denúncias de espionagem da agência americana NSA.
A notícia foi muito
comentada nos sites Tagesschau.de (de um dos principais telejornais do
país) e Zeit.de (maior jornal semanal alemão). A maioria dos internautas
elogiou a posição de Dilma e disse esperar postura semelhante da
chanceler federal Angela Merkel.
No site do
Tagesschau, um usuário escreveu: "Esta é a melhor reação". Outro
escreveu, em português, "muito obrigado". "Merkel, Pofalla [chefe de
gabinete da chanceler] e Friedrich [ministro do Interior]
poderiam/deveriam aprender com a senhora Rousseff", afirmou outro.
Um usuário
especulou que Merkel também pode ter sido espionada. "Ela iria exigir
uma desculpa de Obama e adiar por tempo indeterminado uma viagem a
Washington, até que tudo estivesse perfeitamente investigado e
esclarecido? Inimaginável", lamentou.
No site do Die Zeit,
um usuário disse esperar em vão reação semelhante da Alemanha. Outro
criticou o comportamente "vergonhoso" dos políticos europeus, que tentam
"minimizar o escândalo".
Alguns usuários
também criticaram o fato de a imprensa alemã, de um modo geral, ter dado
pouco destaque à notícia sobre a presidente brasileira.
As denúncias feitas
pelo ex-colaborador da NSA Edward Snowden também envolveram a Alemanha,
que teria sido alvo da espionagem dos EUA. As denúncias geraram
indignação entre a opinião pública alemã e motivaram uma viagem do
ministro do Interior, Hans-Peter Friedrich, aos Estados Unidos. Mais
tarde, ele declarou num debate na televisão que os Estados Unidos não
espionam a Alemanha.
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