catado no feicibuqui do João Lopes
Quando o assunto
é a fome no mundo, a influência das grandes empresas de biotecnologia e
agricultura é inegável. Segundo um relatório da ONG Action Aid, cinco
empresas controlam 90% do comércio de grãos no mundo, enquanto que seis
são responsáveis por 75% da venda de pesticidas. A maior delas, sem
dúvida, é a Monsanto, líder na venda de agrotóxicos e sementes
geneticamente modificadas. Mas e se a ciência descobrisse uma forma mais
barata e saudável de combater as pragas em lavouras, o quanto isso impactaria a qualidade e a disponibilidade de alimentos?
O norte-americano especialista em fungos Paul Stamets descobriu um jeito
de fazer isso e não é de se duvidar que ele esteja na lista de
arquiinimigos dessas empresas. Após longas pesquisas, o cientista
descobriu como usar o poder dos cogumelos para controlar cerca de 200
mil espécies de insetos e pragas, protegendo permanentemente as
plantações.
Em uma palestra no TED, ele explica que, basicamente, os fungos chamados
de entomopatogêncios atraem os insetos, os ingerem e os transformam
também em fungos, criando um ciclo de proteção que é útil não só para
agricultura, mas também para o controle de doenças – este também poderia
ser o fim de mosquitos transmissores da dengue ou da malária, por
exemplo. “E então, uma delicada dança entre jantar e morte, o micélio [fungo] é consumido pelas formigas, elas se tornam mumificadas e, tchan, um cogumelo brota de suas cabeças“,
afirma Stamets, que tem plena consciência de que suas descobertas
poderiam virar de cabeça para baixo os negócios de empresas como a
Monsanto.
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