A Frente Brasil Popular reafirmou em reunião realizada nesta segunda-feira (25), na sede do Sindicato dos Bancários, no centro de São Paulo, que não aceitará o golpe tramado por forças antidemocráticas, antipopulares e antinacionais e conclamou os movimentos civis organizados a se incorporarem aos atos do 1º de Maio, Dia do Trabalhador e da Trabalhadora. Na pauta, a defesa da democracia, contra o golpe e pela preservação dos direitos sociais e trabalhistas conquistados nas últimas décadas.
Centenas de pessoas estiveram na plenária desta segunda-feira (25)
A manifestação do dia 1º de maio terá o caráter de assembleia
popular da classe trabalhadora e acontecerá no Vale do Anhangabaú, no
centro da capital paulista, a partir das 10h. O roteiro do ato prevê um
momento inter-religioso, seguido pelo político, com a presença de
lideranças partidárias e dos movimentos sociais e sindical, e ainda
shows e atrações culturais.Estão confirmadas as participações de Beth Carvalho, Martinho da Vila, Detonautas, Chico César e Luana Hansen. Também haverá feira gastronômica, unidades móveis de atendimento, atrações para as crianças e outros serviços à população.
Movimentos sociais mobilizados
Integraram a mesa da plenária realizada nesta segunda Flavia Stefanny, presidenta da UEE-SP ; Raimundo Bonfim, da Central de Movimentos Populares; Orlando Silva, deputado federal pelo PCdoB-SP; representante da Marcha Mundial das Mulheres, e Emídio de Souza, presidente do PT-SP.
O deputado Orlando Silva foi o primeiro a falar e destacou a
importância estratégica da frente de resistência ao impeachment."O que
nós construímos nesta semana é um indicativo forte de que nós não vamos
desistir, da mesma forma como não desistimos na luta pelas escolas. Não é
a primeira vez na história do Brasil que as elites afastam a
Constituição para atender seus interesses. Em um dos casos, levaram o
Getúlio Vargas, no outro, afastaram pelas armas um presidente
democraticamente eleito. Não é um golpe contra o PT, é um golpe contra
todo o nosso projeto", disse Orlando.
Na opinião dele, é preciso mostrar ao povo que o impeachment é golpe e revelar quais as consequências se Michel Temer assumir a presidência. "Eles se utilizam de uma enorme máquina midiática, que tenta iludir o povo contra aqueles que o querem defender. Eles escreveram o que querem implementar no Brasil, é a Ponte Para o Futuro! É aquele projeto dos anos 90, cujo Estado tem pouquíssimas funções e privatiza tudo o que existe de estrutura pública", lembrou.
Orlando falou sobre o impacto dos acontecimentos do Brasil na América Latina e no mundo. "Quero lembrar a todos aqui que o que acontece no Brasil não é algo exclusivo do nosso país, mas de toda a América Latina. Essa luta não é apenas brasileira, mas dos trabalhadores e trabalhadoras de todo o mundo".
Na opinião dele, é preciso mostrar ao povo que o impeachment é golpe e revelar quais as consequências se Michel Temer assumir a presidência. "Eles se utilizam de uma enorme máquina midiática, que tenta iludir o povo contra aqueles que o querem defender. Eles escreveram o que querem implementar no Brasil, é a Ponte Para o Futuro! É aquele projeto dos anos 90, cujo Estado tem pouquíssimas funções e privatiza tudo o que existe de estrutura pública", lembrou.
Orlando falou sobre o impacto dos acontecimentos do Brasil na América Latina e no mundo. "Quero lembrar a todos aqui que o que acontece no Brasil não é algo exclusivo do nosso país, mas de toda a América Latina. Essa luta não é apenas brasileira, mas dos trabalhadores e trabalhadoras de todo o mundo".
Por fim, falou das batalhas a serem travadas num possível governo
Temer: "Muitos deputados já estão, desde o ano passado, tentando reduzir
os programas de proteção social como o Bolsa Família, que é uma
conquista e uma proteção fundamental para o desenvolvimento do Brasil.
Eles querem universalizar também a terceirização e a flexibilização dos
direitos trabalhistas, que será um imenso ataque aos trabalhadores. Mas
esses aí que abraçaram o capeta conhecem agora o inferno da resistência
popular, porque aqui no Brasil existem os movimentos organizados dos
trabalhadores, dos estudantes, dos aposentados, das mulheres. Vamos
lutar, e com muita energia, porque o que eles querem é criminalizar
também os movimentos populares - no dia seguinte da votação do
impeachment, já pediram uma CPI da Une e uma nova lei que flexibilize a
contribuição sindical", denunciou o deputado.
Diálogo com a população
O presidente do PT-SP falou sobre a estratégia de corpo-a-corpo que
adotarão nas próximas semanas: "Nós precisamos cercar os golpistas até a
votação no Senado, cobrar de cada um deles a postura de defesa da
democracia. O Temer não aguentou um único dia de pressão, botou aqueles
seguranças. Nós temos que cobrar especialmente a senadora Marta Suplicy,
porque ela foi eleita por muitos dos que estão aqui, com o devido
compromisso com a democracia. A nossa ação nas ruas, nos aeroportos, nas
redes sociais tem que ser ainda mais intensa. A nossa unidade é o que
tem encorajado as pessoas a irem às ruas e enfrentar a discussão",
discursou Emídio.
"Nós temos que valorizar o papel dos artistas, dos intelectuais. Temos que reconhecer o público que se levantou durante a peça com músicas de Chico Buarque reagindo contra declaração do ator/diretor desqualificando a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula; reconhecer o que o Zé de Abreu fez no Faustão. Porque o que vem depois disso, companheiros, é o ataque aos direitos individuais e civis e um ataque direto aos direitos dos trabalhadores", completou.
Emídio também elogiou o papel da Frente na defesa da democracia: "Estou satisfeito em dizer que o PT reconhece o papel da Frente Brasil Popular. Foram vocês que nos deram fôlego e capacidade de reação. Não tem preço o que está acontecendo aqui, e nós vamos enfrentar essa luta!".
Serviço
1º de Maio – Assembleia Popular da Classe Trabalhadora contra o Golpe, na Defesa da Democracia e Por Nossos Direitos
Quando: Domingo (1º de Maio), a partir das 10h
Onde: Vale do Anhangabaú, em São Paulo (metrô Anhangabaú ou São Bento)
"Nós temos que valorizar o papel dos artistas, dos intelectuais. Temos que reconhecer o público que se levantou durante a peça com músicas de Chico Buarque reagindo contra declaração do ator/diretor desqualificando a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula; reconhecer o que o Zé de Abreu fez no Faustão. Porque o que vem depois disso, companheiros, é o ataque aos direitos individuais e civis e um ataque direto aos direitos dos trabalhadores", completou.
Emídio também elogiou o papel da Frente na defesa da democracia: "Estou satisfeito em dizer que o PT reconhece o papel da Frente Brasil Popular. Foram vocês que nos deram fôlego e capacidade de reação. Não tem preço o que está acontecendo aqui, e nós vamos enfrentar essa luta!".
Serviço
1º de Maio – Assembleia Popular da Classe Trabalhadora contra o Golpe, na Defesa da Democracia e Por Nossos Direitos
Quando: Domingo (1º de Maio), a partir das 10h
Onde: Vale do Anhangabaú, em São Paulo (metrô Anhangabaú ou São Bento)
Do Portal Vermelho, com informações do Portal CTB
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