Autor: Fernando Brito
Por todas as (altas) rodas comenta-se que Armínio Fraga, o homem das
medias impopulares, seria o Ministro da Fazenda de Aécio Neves.
Ainda bem que não será, porque o tucano não será eleito.
Mas, de qualquer forma, é bom que os brasileiros saibam nas garras de quem essa turma quer colocar a economia brasileira.
De alguém que, no mínimo, coopera com um banco internacional que especula com títulos públicos do nosso país.
Banco que opera um “fundo abutre”, semelhante as estes que, com a
cooperação da Justiça dos Estados Unidos, está tentando quebrar a
Argentina.
A acusação não é minha, ou de qualquer “blog sujo”.
É informação publicada pelo jornal O Globo no domingo, em seu caderno de economia.
“Grandes bancos estrangeiros como o Bank of America Merrill Lynch
e Goldman Sachs também já operam nesse mercado, aqui, há algum tempo.
Agora surgem mais competidores. A Gávea, criada pelo ex-presidente do
Banco Central Arminio Fraga e hoje controlada pelo JP Morgan, juntou-se à
Jus Finance para formar a Gávea Jus, especializada em comprar
recebíveis judiciais, entre eles precatórios em que a Fazenda Pública
foi condenada a pagar em dez anos.”
O esquema é simples e terrível. Comprar com deságio (desconto) forte
sobre o valor e depois forçar o recebimento pelo valor de face, nem que
seja levando o Estado à bancarrota, como na Argentina.
Pode-se argumentar que Fraga vendeu o controle da Gávea ao JP Morgan e
não posso dizer se ainda conserva participação societária.
Mas participa da gestão da empresa, como está expressamente registrado no site da Gávea:
“Em novembro de 2010, a Gávea anunciou a venda de participação
majoritária no seu capital para o J.P. Morgan Asset Management, braço
global de gestão de recursos do J.P. Morgan Chase & Co. O processo
de investimento que caracteriza a gestão de nossos fundos Multimercado e
de Private Equity continua a ser conduzido por Arminio Fraga Neto, Luiz
Henrique Fraga e equipes.”
O aeroporto do Aécio é vôo rasteiro.
O dos abutres é muito mais alto.
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