O filho termina o segundo
grau e não tem vontade de fazer
uma faculdade. É a realidade brasileira. O pai, meio mão de ferro, dá um
apertão:
- Ah!, não quer estudar?
Então tá perfeito! Vadio dentro de casa
eu não mantenho, então vai trabalhar...
O velho, que tem muitos
amigos, fala com um deles, que fala
com outro até que ele consegue uma audiência com um político que foi
seu colega de escola, muito tempo atrás:
- Rodrigues!!! Meu velho
amigo!!! Você se lembra do meu
filho? Pois é, terminou o segundo grau e anda meio à toa, não quer
estudar.
Será que você não consegue nada pro rapaz não ficar em casa
vagabundeando?
Depois de 3 dias,
Rodrigues liga:
- Zé, já tenho. Assessor
na Comissão de Saúde no Congresso,
é R$ 13.700,00 por mês, prá começar.
- Tu tá louco!!! O guri
recém terminou o colégio, não vai
querer estudar mais, consegue algo mais abaixo...
Dois dias depois:
- Zé, consegui como
secretário de um deputado, salário modesto, R$
9.800,00, tá bom assim?
- Nãooooo, Rodrigues,
algo com um salário menor, eu quero
que o guri tenha vontade de estudar depois... Consegue outra coisa.
Mais dois dias:
- Zé, não sei se ele vai
aceitar, mas tem um cargo de assessor da
câmara, que é só de R$.6.500,00...
- Não, não, ainda é
muito, aí que ele não estuda mais mesmo.
- Olha Zé, a única coisa
que eu posso conseguir é um
carguinho de ajudante de arquivo, alguma coisa de informática, mas aí o
salário é uma merreca, R$ 3.800,00 por mês e nada mais...
- Rodrigues, isso não,
por favor, consiga alguma coisa de 1.000,00 a
1.200,00 no máximo.
- Isso é impossível Zé!
- Mas, por quê?
- Porque com este salário
aí só tem vaga pra
professor ou médico, e aí precisa de CURSO
SUPERIOR, MESTRADO, até DOUTORADO... aí
é difícil, e ainda precisa passar em concurso!
COMENTÁRIO DO
BLOGUEIRO:
A piada é velhíssima, era
contada nos anos 1970, adaptada naquela época para outra do mesmo teor
lá nos anos 1960, só atualizaram os valores e os cargos, pois a
metodologia do jeitinho brasileiro continua a mesma, independentemente
dos políticos e partidos.
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