Todo
mundo sabe, até um recém-nascido, que a imprensa de negócios privados e
ideologicamente de direita combate o desenvolvimento do povo brasileiro,
porque
não quer a sua emancipação e, consequentemente, sua autonomia, bem como a
autodeterminação do Brasil e de qualquer país cujo governante questione a
ordem
estabelecida pelos grandes trustes internacionais.
Isto
acontece porque no Brasil, ao contrário do que acontece nos países
considerados
desenvolvidos e em países a exemplo de Argentina, Venezuela e Equador, o
monopólio no setor econômico de comunicação dominado pela oligarquia
midiática
composta por apenas seis famílias, que tratam o povo brasileiro como
inapto e
incompetente, além de considerarem o Brasil de 200 milhões de habitantes
e dono
de um PIB que ultrapassa os R$ 4 trilhões como se fosse o quintal da
casa
delas.
As
estratégias calculistas dos órgãos de comunicação comerciais e privados
de desvalorizar
e desqualificar os políticos e as instituições nacionais são
sistematicamente e
incansavelmente difundidas e repercutidas junto à população. O propósito
desse
processo perverso é o de subverter a ordem institucional e enfraquecer o
papel
do cidadão eleito pelo povo e nomeado para exercer a autoridade que lhe é
conferida e por isso constitucional. A imprensa burguesa quer intervir
nas
instituições republicanas e, por conseguinte, pautar a vida política e
jurídica
do País e dessa forma ter seus interesses políticos e ideológicos
atendidos,
bem como seus negócios financeiros concretizados.
Sei
que muita gente não concorda comigo por questões meramente ideológicas e
até
mesmo pessoais quando sou ofendido por leitores que criticam até mesmo
meu
aspecto físico, o que é uma bobagem e insensatez, porque o que está a
ser
discutido é o que queremos para o Brasil e o que não queremos. Contudo,
volto a
dizer: a imprensa de negócios privados e cartelizada não tem e nunca
terá
compromisso com o Brasil, porque se trata de um setor alienígena, ou
seja, sem
pátria e mancomunado com o establishment, que no decorrer dos séculos
efetivou
um processo de desconstrução das identidades nacionais, baixou a estima
dos
povos menos desenvolvidos, financiou a repressão aos movimentos de
libertação e
até mesmo reivindicatórios, além de quando necessário invadir
militarmente os
países cujos governantes não compartilharam de sua cartilha, geralmente
de
conteúdo econômico e ideológico.
E a
imprensa oligopolizada, de forma recorrente e por isso inquestionável,
sempre
serviu como porta-voz das classes dominantes e dos grupos capitalistas
hegemônicos, que financiam e definem as receitas econômicas de
espoliação
impostas pelo FMI e o Bird, e, indubitavelmente, se necessário, a
guerra.
Simplesmente a guerra, modus operandi de países como a Inglaterra, os
EUA e a
França, que, em vez de respeitarem as leis internacionais, preferem
jogar na
sarjeta o respeito ao diálogo e às decisões da ONU e optar pela
diplomacia do
porrete, a fim de rapidamente terem seus interesses geopolíticos e
econômicos inapelavelmente
concretizados.
Esses
fatos e realidades acontecem também em âmbito doméstico — nacional. E
foi
exatamente dessa forma que a imprensa alienígena deste País se conduziu.
Os
barões dessa mídia historicamente golpista tentaram desqualificar e
judicializar o processo eleitoral do Congresso Nacional, a dar sempre
uma
conotação de ilegalidade, a fazer ilações maldosas e corrosivas aos
candidatos
às presidências do Senado e da Câmara.
Chegou-se
a um ponto de incongruência e desfaçatez dessa péssima imprensa que eu
pensei
que o senador Renan Calheiros e o deputado Henrique Alves em vez de
assumirem seus
respectivos cargos, pois eleitos pela grande maioria de seus pares,
fossem
imediatamente para a prisão, já que a os barões da imprensa e seus
sabujos que
ficam a falar por eles e pelos cotovelos eram contrários às candidaturas
dos
dois políticos integrantes do PMDB e por causa disso aliados do Governo e
do PT
em termos nacionais.
A imprensa das seis famílias formadoras de cartel e que combatem a autodeterminação do Brasil e a democratização dos meios de comunicação por intermédio da efetivação de um marco regulatório para as mídias faz oposição ao Governo Federal no lugar dos partidos políticos oposicionistas como, por exemplo, o PSDB — o partido que vendeu o Brasil e ninguém foi preso. Os barões da imprensa, para quem não sabe, apoiaram e foram cúmplices da ditadura mais cruel e longa que aconteceu neste País: a ditadura militar (1964-1985) e hoje posam de democratas e paladinos da liberdade de expressão e de imprensa. Seria cômico se não fosse trágico.
A
verdade é que esses grupos lutam pela preservação da liberdade de
expressão e
de imprimir deles, o que não tem nada a ver com a democracia e com o
estado
democrático de direito. E tem mais: sem dar direito de resposta e sem se
preocupar com o contraditório, ou seja, ouvir os lados envolvidos em
qualquer
causa, acontecimento ou incidente. Essa gente gosta de bater, mas não
quer ser
criticada e questionada. Derrotamos a ditadura militar e vivenciamos a
ditadura
da imprensa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
se não tem nada a contribuir não escreva!