Por Weden
A prisão do empresário João Santana é só mais um capítulo da interrupção
das garantias constitucionais no Brasil para quem não participa da
frente de retomada do poder montada pelo PSDB (representante de certos
setores empresariais e financistas), magistrados, agentes da Polícia
Federal e Ministério Público, com o apoio estratégico e definitivo de
bilionárias corporações de mídia. Não é novidade. Os poderes
discricionários só atacam seus inimigos e os infiéis.
Mais esta vítima do estado de exceção estará preso sem julgamento por
quanto tempo o poder abusivo quiser, sem qualquer resguardo da lei.
Desde o fim da ditadura em 1985, não imaginávamos que poderíamos voltar a
este estágio.
Longas prisões sem julgamento; tortura psicológica em cadeias; prisões
sem mandado; perseguição política a um ex-presidente (como o fora em
outra época a Jango e Juscelino); tentativa de intimidação a advogados,
vitimados por calúnias e difamações; relações promíscuas entre
Ministério Público e bilionárias corporações empresariais (as mídias);
juízes em conluio com fins partidários e golpistas; ameaças, chantagens,
extorsões, vazamentos de informação criminosos e escutas clandestinas.
Não há mais nada que falte acontecer para que seja caracterizado o estado de exceção no Brasil, já plenamente em vigor. E
é assustador que o Procurador Geral da República o alimente; que o
Supremo Tribunal Federal o acoberte; que o Ministro da Justiça o apoie; e
que uma presidente da República, em estado de lassidão, não reaja. De qualquer forma, a história os cobrará.
O Brasil vive o pior momento desde o AI-5. Voltamos à barbárie jurídica.
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