Por Miguel do Rosário
A Petrobrás acaba de dar o “drible do dragão” nas forças especulativas
que tentam vergá-la, tentando abocanhar pedaços maiores da nossa
indústria de petróleo e atividades agregadas.
À diferença da mídia, da direita e do exército de zumbis que marcham nas
ruas pedindo intervenção militar, a China não quer que a Petrobrás saia
do controle do Estado brasileiro.
Porque a China sabe que, se isso acontecer, ela vai acabar nas mãos de
empresas norte-americanas, ou seja, sob controle do governo americano.
Para quebrar a Petrobrás, portanto, a mídia e a oposição (um monstro com
dois troncos, mas uma só cabeça) terão que passar por cima do cadáver
do governo Dilma, dos movimentos sociais, das maiores centrais
sindicais, dos estudantes, e agora também do dragão chinês.
Os R$ 11 bilhões do título correspondem aos US$ 3,5 bilhões que o banco oficial da China anunciou que emprestará à estatal.
*
Saiu no Globo.
Petrobras fecha empréstimo de US$ 3,5 bilhões com banco chinês
Operação foi concluída um dia após a estatal anunciar a venda de ativos
na área de exploração e produção de petróleo na Argentina
RIO – A Petrobras informou nesta quarta-feira ter assinado um contrato
de financiamento com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB), no valor
de US$ 3,5 bilhões. A operação foi concluída um dia após a companhia
ter anunciado a venda de ativos na área de exploração e produção de
petróleo na Argentina por US$ 101 milhões.
Às 10h50m, as ações ordinárias e preferenciais da empresa subiam com
força na Bolsa de Valores de São Paulo: em torno de 5%. Segundo um
especialista, essa operação mostra o esforço da nova direção em captar
recursos para melhorar o caixa da companhia.
Com limites para realizar captações no mercado, em meio a denúncias de
corrupção que envolvem a empresa, a Petrobras disse anteriormente que
estudava “outras possibilidades de financiamento e incremento de fluxo
de caixa”, até para fazer frente aos pesados investimentos projetados. A
estatal não conseguiu até agora publicar seu balanço auditado de 2014.
Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o contrato de
financiamento assinado hoje na China é o primeiro de um acordo de
cooperação que será implementado ao longo de 2015 e 2016. A operação foi
fechada durante visita do diretor financeiro, Ivan Monteiro, à China.
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A estatal explica que o contrato de financiamento foi assinado pela a
Petrobras Global Trading BV (PGT), subsidiária da Petrobras. Segundo a
Petrobras, “as duas partes confirmaram a intenção de desenvolver novas
cooperações no futuro próximo.”
A estatal afirma ainda que o contrato é um importante marco para dar
continuidade à parceria estratégica com a China, para quem a estatal
exporta petróleo, “fortalecendo as sinergias entre as economias dos dois
países”.
A Petrobras não informou as condições e taxas do financiamento chinês, nem se está atrelado à compra de equipamentos na China.
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