Ex-gerente
da Petrobras foi uma das três integrantes do Conselho de Administração
criado pela companhia em 2008 para administrar a refinaria de
Pernambuco, alvo central da Operação Lava Jato; nessa função, ela atuou
como braço direito de Paulo Roberto Costa, que presidia o conselho, além
de Carlos Cosenza, atual diretor de Abastecimento; no período em que
Venina esteve no conselho, a refinaria assumiu os contratos bilionários
da obra que eram de responsabilidade da Petrobras, abriu concorrência
com empresas investigadas na Lava Jato e assumiu contratos de R$ 4,2
milhões com a estatal Compesa; segundo Costa, o governador à época,
Eduardo Campos, era um dos beneficiários do esquema de propina
247 – Nova
personagem das últimas denúncias contra a Petrobras, a ex-gerente
Venina Velosa da Fonseca fez parte de um conselho de administração
criado pela companhia em 2008 para administrar a Refinaria Abreu e Lima,
em Pernambuco. Segundo reportagem dos jornalistas Ricardo Brandt e
Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo, ela integrou o grupo
entre 7 de março de 2008 e 21 de junho de 2009.
Enquanto esteve na função, Venina atuou como braço direito de Paulo
Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da estatal, que presidia o
conselho. O terceiro integrante do grupo era Carlos Cosenza, atual
diretor de Abastecimento. Os três passaram a ser responsáveis por
contratos bilionários da obra da refinaria, alvo central da Operação
Lava Jato, que eram de responsabilidade da Petrobras.
O jornal fez um levantamento com base em 70 atas – de um total de 123 – e
concluiu que o conselho também abriu concorrências incluindo empresas
investigadas na Lava Jato e assumiu um contrato de R$ 4,2 milhões com a
Companhia Pernambucana de Saneamento de Pernambuco (Compesa), uma
estatal de Pernambuco, que à época era governado por Eduardo Campos
(PSB), morto em agosto em um acidente de avião.
Segundo afirmou Paulo Roberto Costa em delação premiada, Campos era um
dos beneficiários do esquema de propina em contratos armado na
Petrobras. O esquema, segundo ele, cobrava de 1% a 3% em propina para
cada contrato. O custo inicial da obra era estimado em R$ 2 bilhões.
Hoje, já ultrapassou R$ 20 bilhões e ainda não foi concluída. Sob o
comando de Costa, o conselho aprovou R$ 201 milhões em aditivos
contratuais para empresas investigadas e autorizou adiantamento de
pagamentos milionários.
Em 11 de fevereiro de 2009, foi aprovada a transferência de 18 contratos
da obra, que eram de responsabilidade da Gerência de Engenharia, para o
conselho onde atuava Venina e Costa. Os contratos somavam valores como
R$ 1 bilhão, 8,7 milhões de euros e US$ 4 milhões, todos com consórcios
formados por empresas investigadas pela Polícia Federal, como Odebrecht,
Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Galvão Engenharia.
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