segunda-feira, 15 de agosto de 2011

WIKILEAKS E A "ESTREITA RELAÇÃO" DE JORNALISTAS BRASILEIROS COM AUTORIDADES “MADE IN USA”

"Golpe", mas com o tradicional apoio e "recomendações" dos EUA

“Aconteceu o que já era de conhecimento dos menos desavisados. A grande imprensa brasileira foi finalmente desnudada, com tudo comprovado em documentos [norte-americanos] oficiais e sigilosos. Quem ainda tinha motivos para outorgar credibilidade a esses veículos e seus jornalistas, não tem mais.


WILLIAM WAACK, DA GLOBO, APARECE NOS DOCUMENTOS SECRETOS

William Waack, da Globo

Novos documentos vazados pela organização WikiLeaks trazem à tona detalhes e provas da estreita relação dos USA com o monopólio dos meios de comunicação no Brasil semicolonial.

Um despacho diplomático de 2005, por exemplo, assinado pelo então cônsul [norte-americano] de São Paulo, Patrick Dennis Duddy, narra o encontro em Porto Alegre do então embaixador John Danilovich com representantes do “grupo RBS”, descrito como "o maior grupo regional de comunicação da América Latina", ligado às organizações Globo.

O encontro é descrito como "um almoço 'off the record' [cujo teor da conversa não pode ser divulgado]", e uma nota complementar do despacho diz: "Nós temos, tradicionalmente, tido acesso e relações excelentes com o grupo".

Outro despacho diplomático datado de 2005 descreve um encontro entre Danilovich e Abraham Goldstein, líder judeu de São Paulo, no qual a conversa girou em torno de uma campanha de imprensa pró-sionista no monopólio da imprensa no Brasil, que antecedesse a Cúpula América do Sul-Países Árabes daquele ano, no que o jornalão O Estado de S.Paulo se prontificou a ajudar, prometendo cobertura "positiva" para Israel.

Os documentos revelados pelo WikiLeaks mostram, ainda, que nomes proeminentes do monopólio da imprensa são sistematicamente convocados por diplomatas ianques para lhes passar informações sobre a política partidária e o cenário econômico da semicolônia, ou para ouvir recomendações.

Um deles é o jornalista William Waack, apresentador de telejornais e de programas de entrevistas das Organizações Globo. Os despachos diplomáticos enviados a Washington pelas representações consulares ianques no Brasil citam três encontros de Waack com emissários da administração dos USA. O primeiro deles foi em abril de 2008 (junto com outros jornalistas) com o almirante Philip Cullom, que estava no Brasil para acompanhar exercícios conjuntos entre as marinhas dos USA, do Brasil e da Argentina. O segundo encontro aconteceu em 2009, quando Waack foi chamado para dar informações [e receber recomendações] sobre as conformações das facções partidárias visando o processo eleitoral de 2010. O terceiro foi em 2010, com o atual embaixador ianque, Thomas Shannon, quando o jornalista novamente abasteceu os ianques com informações detalhadas sobre os então candidatos a gerente da semicolônia Brasil.

Carlos Eduardo Lins da Silva, da Folha de S.Paulo

Outro nome proeminente muito requisitado pelos ianques é do jornalista Carlos Eduardo Lins da Silva, da Folha de S.Paulo. Os documentos revelados pelo WikiLeaks dão conta de quatro participações do jornalista (ou "ex-jornalista e consultor político", como é descrito) em reuniões de brasileiros [?] com representantes da administração ianque: um membro do Departamento de Estado, um senador, o cônsul-geral no Brasil e um secretário para assuntos do hemisfério ocidental. Na pauta, o repasse de informações sobre os partidos no Brasil e sobre a exploração de petróleo na camada pré-sal.

CAI TAMBÉM A MÁSCARA DE FERNANDO RODRIGUES, DA FOLHA



Fernando Rodrigues, repórter especial de política da Folha de S.Paulo, chegou a dar explicações aos ianques sobre o funcionamento do Tribunal de Contas da União.

INTERESSES NORTE-AMERICANOS NO PIAUÍ

Outro assunto que veio à tona com documentos revelados pelo WikiLeaks são os interesses do imperialismo ianque no estado brasileiro do Piauí. Um documento datado de 2 de fevereiro de 2010 mostra que representantes dos USA participaram de uma conferência organizada pelo governador do Piauí, Wellington Dias (PT), na capital Teresina, a fim de requisitar a implementação de obras de infraestrutura que poderiam favorecer a exploração, pelos monopólios ianques, das imensas riquezas em matérias-primas do segundo estado mais pobre do Nordeste.

A representante do WikiLeaks no Brasil, a jornalista Natália Viana, adiantou que a organização divulgará em breve milhares de documentos inéditos da diplomacia ianque sobre o Brasil produzidos durante o gerenciamento Lula, incluindo alguns que desnudam a estreita relação dos USA com o treinamento do aparato repressivo do velho Estado brasileiro. A ver.”

FONTE: transcrito no portal do jornalista Luis Nassif

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