terça-feira, 31 de maio de 2016

Envolvidos confessaram... E o Papa Francisco condenou o “golpe suave”


PELO MENOS CALA A BOCA


Como o cargo de Delegado Federal está chocando o Ovo da Serpente

 Alex Agra, Diário Liberdade


Quando se discute a conjuntura política atual, um equívoco muito comum é ignorar um dos principais elementos de atuação e interferência na dinâmica do Estado Democrático de Direito atual, a participação da Polícia Federal, sobretudo do ponto de vista do uso de informações sigilosas adquiridas ao longo da Operação Lava Jato.

Quem comete esse equívoco não só retira da análise um fator crucial para entender a dinâmica dos acontecimentos, como mascara que a posição da Polícia Federal, para ser mais específico, de uma categoria dela, os delegados, nunca foi uma postura de neutralidade. Na verdade, os sucessivos acontecimentos evidenciam cada vez mais como os delegados estão operando uma ruptura do ponto de vista das funções do Departamento de Polícia Federal e, sobretudo, da legalidade democrática.

O primeiro elemento a ser analisado é que um problema estrutural da Polícia Federal gera uma divisão classista que produz uma série de conflitos internos. A ausência de carreira única, ou seja, uma porta de entrada única na polícia que permita ao indivíduo crescer na carreira policial de acordo com o seu trabalho e sua capacidade, faz com que uma série de policiais competentes sejam submetidos à uma categoria extremamente inexperiente do ponto de vista da ciência policial, que são os delegados. Não por acaso, ao observar a organização de outras instituições policiais do mundo podemos constatar com tranquilidade que apenas no Brasil existe o cargo de delegado, e posteriormente, nos parecerá estranho que indivíduos egressos recentemente da faculdade de Direito e sem experiência alguma do ponto de vista da operacionalidade policial, sem nenhuma experiência na atuação em campo, estejam chefiando as organizações policiais no Brasil todo. A existência do cargo de delegado não só impede a valorização dos profissionais individualmente, como também promove um verdadeiro desserviço ao funcionamento da estrutura de segurança pública como um todo. Então, essa divisão entre agentes e delegados é muito mais que uma disputa interna pelo poder, é a luta pelo rompimento de um modelo de polícia atrasado e que não valoriza o policial. Nesse sentido, fica claro que os delegados não têm interesse no avanço da segurança pública no Brasil, porque esse avanço necessariamente significaria o fim do cargo, e consequentemente, da série de benefícios dos quais os delegados estão sujeitos.

Devemos investigar então como os delegados conseguem impedir o avanço do sistema de segurança pública brasileiro, e mais que isso, como eles se localizam e interferem na conjuntura política atual. Para entender isso, é necessário entender que o papel do delegado na polícia é unicamente presidir o inquérito policial. O inquérito policial é o aparato burocrático e ultrapassado que corresponde a um dos modos de formalização da investigacao criminal, e que centraliza toda a investigação na figura do delegado. Como a Operação Lava Jato vem nos mostrando, em uma investigação da Polícia Federal uma série de informações sigilosas são obtidas e utilizadas pelos policiais ao longo do procedimento investigativo. Dito isso, a grande questão é que, com uma investigação centralizada na figura do delegado, todas essas informações são manipuladas estrategicamente com o objetivo de conquistar benefícios para a classe.

O papel das polícias investigativas é abastecer o Ministério Público de informações acerca da autoria e materialidade dos crimes. No entanto, não é incomum observar nos noticiários a quantidade de vezes que o Ministério Público não indicia um determinado político por falta de provas. Isso acontece porque os delegados, tendo em vista seus interesses de classe, retêm informações que lhe são consideradas estratégicas para mais tarde serem usadas como objeto de chantagem. Se o delegado tem informação de um determinado político, lhe é muito mais conveniente usar essa informação para chantegeá-lo às vistas dos interesses da classe do que enviar a informação para o Ministério Público começar o processo de indiciamento, que é do interesse de outra classe, a trabalhadora. Observar isso é muito importante para compreender como o vazamento seletivo de informação que tem sido promovido pelos delegados de polícia interfere da dinâmica política na atual conjuntura, e mais do que isso, é importante para compreender como os delegados representam uma ameaça do ponto de vista da legalidade democrática.

Para entender esse funcionamento, a história nos serve como o principal instrumento de observação. Há dois anos atrás, o que antecedeu a aprovação da Medida Provisória 657, que segundo a própria lei faz com que o cargo de Diretor-Geral, nomeado pelo Presidente da República, seja privativo de delegado de Polícia Federal integrante da classe especial, foi um vazamento seletivo da delação premiada de Alberto Youssef, no momento específico em que ele fala sobre o envolvimento de políticos do Partido dos Trabalhadores em esquemas de corrupção. O objetivo desse vazamento foi pressionar a base governista a aprovar a medida provisória supracitada, garantindo mais um benefício pra a classe dos delegados. Visto isso, o papel deles como operadores de uma ruptura do ponto de vista da legalidade democrática tem sido essencial para a manutenção da crise política no Brasil, e os únicos que têm se beneficiado com isso são os próprios delegados.

Em parte se aproveitando do prestígio social que a Polícia Federal tem, em parte se aproveitando da omissão de outras instituições para o crescimento da classe (vide Polícia Rodoviária Federal e Ministério Público), através de lobby e chantagem no congresso nacional os delegados estão sequestrando uma série de atribuições de outras instituições e fazendo com que a Polícia Federal se aproprie dessas atribuições. Um exemplo que pode ser dado é a Lei 13.124/2015, que faz com que a investigação de determinados crimes passe do Ministério Público do Estado para a Polícia Federal. Um outro exemplo que também pode ser dado é a recente reclamação dos delegados acerca das atribuições da Polícia Rodoviária Federal. Segundo o portal do Supremo Tribunal Federal, na visão dos delegados da Polícia Federal: “ao permitir que policiais rodoviários federais executem atos privativos da polícia judiciária – como interceptações telefônicas, cautelares de prisão, busca e apreensão, quebra de sigilos e perícias – o decreto invadiu reservada à Polícia Federal pela constituição”. Essa centralização do poder a qual muitos assistem apáticos é o tipo de afronta mais grave que se pode pensar ao Estado Democrático de Direito porque ela significa também uma centralização do poder político, e nesse sentido ela inverte a relação fazendo com que não mais o poder político seja submetido ao povo, mas sim o contrário. E é assim que começaremos a chocar o ovo da serpente.

De longe o projeto mais ameaçador do ponto de vista da democracia no Brasil é a Proposta de Emenda Constitucional 412, chamada equivocadamente de PEC da Autonomia. Segundo o texto da própria PEC, ela “organizará a polícia federal e prescreverá normas para a sua autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de elaborar sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias”. Não existe em nenhum regime democrático esse tipo de autonomia pra uma instituição policial, especialmente porque essa autonomia significa na verdade um descontrole total sobre o poder exercido por uma instituição correspondente ao braço armado do Estado e que opera, em suas instâncias, informações estratégicas para a manutenção do poder político no país. Essa autonomia é sinônima de uma forte violação da democracia brasileira porque ela não é uma autonomia da Polícia Federal, ela significa uma autonomia dos delegados da Polícia Federal em relação aos outros poderes. Essa autonomia, na prática, significa uma licença para o braço armado do Estado agir da forma como bem entender e desconsidera completamente os interesses escusos da classe que comanda essa instituição. Classe essa que não aparenta ter remorsos ao lutar pela manutenção do modelo atual de segurança para garantir seus benefícios, que inclusive vai além disso: busca operar uma centralização do poder e consequentemente, uma ruptura no regime democrático.

Visto isso, é impossível observar toda a crise política pela qual passa o Brasil sem levar em conta quais interesses estão sendo colocados em jogo em cada movimento. E isso não se trata de governo e oposição, porque o poder dos delegados vai muito além disso. Trata-se de uma perspectiva que pensa a polícia, o trabalho policial e o poder político em uma relação muito mais intrínseca, e que enxerga na ascensão dos delegados de polícia um perigo do ponto de vista da segurança pública, mas acima de tudo, do ponto de vista da democracia brasileira.

Ministro que propôs corte do Bolsa Família e do SUS tem sobrinha não concursada recebendo R$ 15 mil mensais


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Alana, a assessora do TRT; a tia dela, vice-governadora do Paraná, o ministro da Saúde e a filha Maria Victoria, deputada estadual (PP-PR)
 
Deputado Ricardo Barros, relator do Orçamento, em 2015, ao propor corte de 36% nas verbas do Bolsa Família Vamos ter que repactuar, como aconteceu na Grécia, que cortou as aposentadorias, e em outros países que tiveram que repactuar as obrigações do Estado porque ele não tinha mais capacidade de sustentá-las. Ministro da Saúde Ricardo Barros, propondo restrições a direitos no Sistema Único de Saúde
Ninguém é obrigado a contratar. Não cabe ao ministério controlar isso. Ministro Ricardo Barros ao dizer que não pretende controlar a qualidade dos planos de saúde privados

Da Redação, com Garganta Profunda
O engenheiro Ricardo Barros, que deixou mandato parlamentar do PP-PR para servir ao governo interino de Michel Temer na condição de ministro da Saúde, causou um bocado de polêmica nos últimos meses.
Ele tem se mostrado linha dura quando se trata de gastos públicos. Propôs aumento zero para servidores públicos e disse que é impossível sustentar o SUS.
Porém, sabemos agora que Barros tem bem perto de casa um exemplo de possível corte que pouparia o suficiente para dar o benefício básico do Bolsa Família a 195 domicílios.
Trata-se da sobrinha de sua esposa, Alana Borghetti Violanni, que trabalha no cerimonial do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná com um salário bruto de R$ 15.087,38.
Alana não é concursada. Foi lotada na Secretaria Geral da Presidência e tem direito a vantagens como auxílio-alimentação, auxílio-transporte, auxílio pré-escolar, auxílio-saúde, auxílio-natalidade, auxílio-moradia e ajuda de custo. Além disso, tem direitos como “abono constitucional de 1/3 de férias e gratificação natalina”.
É por isso que o salário base dela, de R$ 10.352,52, chega aos R$ 15.087,38 brutos mensais.
Alana é sobrinha de Cida Borghetti, esposa de Ricardo Barros, que é vice-governadora do Paraná.
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Fonte interna do tribunal informa que “a remuneração dela corresponde a de um cargo de chefia dos mais altos do TRT-PR, um CJ03. Trata-se não apenas de mais um caso de provável nepotismo cruzado e troca de favores. Num momento de crise como esse, trata-se do retrato do descaramento que tomou de assalto o governo brasileiro”.
A fonte da informação acrescentou: “Cabe dizer que não tenho nada de pessoal contra a moça, mas não é possível que um tribunal que demite seus terceirizados e quebra contratos com seus fornecedores, tudo por falta de dinheiro, possa manter a sobrinha de seu principal inimigo em seus quadros por uma mera conveniência política”.
O informante se refere ao fato de que o contingenciamento que afetará o funcionamento dos TRTs em 2016 foi proposto pelo deputado Ricardo Barros quando ele foi relator do Orçamento da União. Os maiores prejudicados pela medida serão os trabalhadores que movem ações contra seus patrões.
Registros oficiais mostram que Alana tem cargos no judiciário paranaense desde julho de 2012. Ela foi exonerada em fevereiro de 2015, mas dois meses depois já havia sido nomeada outra vez, contratada desta vez na Assessoria de Comunicação do TRT-9ª Região.

sábado, 28 de maio de 2016

José Serra: O chanceler do oportunismo

O representante diplomático dos golpistas tem uma ambição e um oportunismo cujas gigantescas dimensões são inversamente proporcionais aos seus escrúpulos.


Eric Nepomuceno, para o Página/12, do Rio de Janeiro José Cruz / Agência Brasil


Sua origem política foi o movimento estudantil. Serra foi presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes) durante o governo de Jango Goulart (1961-1964), e um dos fundadores da AP (Ação Popular), ativa e poderosa organização de esquerda da época. Em 1964, quando o golpe instaurou no Brasil uma ditadura que duraria 21 anos, Serra foi preso. Se exilou, primeiro na Bolívia, depois na França, e logo no Chile. Com o golpe de Pinochet, ele se refugiou na Embaixada de Itália – é filho de italianos –, e em seguida se exilou nos Estados Unidos.

Sua trajetória, um tanto comum em nossas esquerdas, é a de uma guinada radical à direita mais dura. E essa mudança, em seu caso particular, foi reforçada por dois aspectos de sua personalidade: uma ambição e um oportunismo cujas gigantescas dimensões são inversamente proporcionais aos seus escrúpulos.


Serra atua nas sombras e é conhecido por ser bastante vingativo. Adepto feroz da teoria de dividir para dominar, o chanceler interino e um especialista em dividir companheiros para ampliar seu espaço de manobra.

Durante os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, seu amigo desde os tempos do exílio chileno, Serra quis ser ministro da Fazenda. No primeiro, teve que se contentar com a pasta do Planejamento. No segundo, insistiu em que seu objetivo era a Fazenda, e novamente ficou sem ela, foi destinado à Saúde. Chegou a conquistas de grande importância, como a quebra de patentes internacionais e a entrada dos genéricos no país e desenhou uma política de combate à AIDS que foi considerada referência. Seus amigos e familiares, por outro lado, obtiveram duvidosos contratos milionários junto à indústria farmacêutica.

A flexibilidade de princípios de Serra se mostrou em todo o seu esplendor durante a disputa presidencial com Dilma Rousseff, em 2010. Enquanto alimentava nas sombras uma campanha junto aos setores conservadores da Igreja contra sua oponente, acusada de ateia e comunista, ele fazia campanha junto às paróquias, e chegou comungar seis vezes num só dia.

Declarando-se feroz opositor do aborto, insinuou que Dilma era favorável a essa política. Por acaso, se esqueceu que sua esposa, a chilena Mónica Allende, havia praticado um aborto de um filho seu – fato que foi conhecido durante a campanha.

Quando o golpe institucional destinado a destituir Dilma Rousseff começou a ganhar força, seu partido – o PSDB, derrotado quatro vezes consecutivas pelo PT nas presidenciais – titubeou em subir no carro da conspiração parlamentar-judicial-midiática. Atuando nos bastidores e com oportunismo, como é do seu mais conhecido feitio, Serra se aliou aos golpistas. Seus rivais no partido, o senador Aécio Neves (derrotado por Dilma nas presidenciais de 2014) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (derrotado por Lula em 2006), se mantiveram à margem, buscando tatear melhor o cenário.

Assim, Serra se transformou no vínculo entre o PSDB, Michel Temer e os demais conspiradores. Quando Alckmin e Aécio se uniram ao golpe, era tarde: o espaço principal já estava ocupado.

Uma vez mais, Serra, economista de formação, tentou se apoderar do Ministério da Fazenda. E novamente não conseguiu. Tentou o do Planejamento, e nada. Ficou com um nada desprezível prêmio de consolo, o Ministério de Relações Exteriores. Estreou na pasta com uma guinada radical na política implantada por Lula, e mantida por Dilma. Do sue passado de esquerda, surgiu um fidelíssimo paladino do neoliberalismo mais extremo.

Tão logo soube do afastamento de Romero Jucá, devido a uma confissão que surgiu no noticiário brasileiro como uma verdadeira autópsia do golpe que ele nega existir, o chanceler voou rapidamente de volta a Brasília. Antes, claro, filtrou aos meios de comunicação o rumor de que era a principal opção de Temer para ocupar o posto de Jucá, ou seja, o desejado Ministério do Planejamento.

Até a noite de ontem, nada. Mas Serra, conhecido por ser um noctívago, sabe esperar. Enquanto se desvela, ele conspira. E, se não consegue outra vez o cargo no Planejamento, saberá impor suas novas ideias na política externa brasileira.

Esta é uma péssima hora para a América Latina.

Tradução: Victor Farinelli

"Desindexar" e "desvincular" significam "pau no pobre"!


sexta-feira, 27 de maio de 2016

Como a garota do Rio, Dilma foi também vítima de estupro coletivo

Ainda é possível reparar a terrível injustiça cometida contra ela
Ainda é possível reparar a terrível injustiça cometida contra ela
Como a garota do Rio, Dilma foi também vítima de estupro coletivo.
Há algumas diferenças, no entanto.
Uma é que os homens que a brutalizaram estavam certos da impunidade. De Eduardo Cunha a Aécio, de Caiado a Gilmar Mendes, de FHC a Alckmin, dos irmãos Marinhos a seus fâmulos nas redações, dos complacentes ministros do STF aos deputados e senadores que disseram sim, de Jucá a Renan, de Moro aos delegados da PF, de Temer a Cristovam Buarque – todos sabiam que o crime não teria castigo, porque representavam a plutocracia que domina e achaca os brasileiros.
Outra diferença é que mulheres ajudaram no estupro. Um exemplo notável é Marta Suplicy. Eleita por milhões de pessoas que jamais aprovariam o impeachment, Marta ajudou no estupro de que foi vítima Dilma com seu comportamento indecente. É como se ela gritasse aos homens que violentavam Dilma: “Não parem, não parem, não parem”. E eles não pararam, para alegria infame de Marta.
Outra mulher presente ao estupro foi a ministra Rosa Weber. Ela conseguiu, depois do suplício a que Dilma foi submetida, intimá-la a dizer por que ela anda dizendo que o estupro foi estupro.
Uma terceira mulher relevante no ataque feroz foi a advogada Janaína Paschoal. Ela foi paga pelo PSDB de FHC, Aécio e Serra para produzir a peça de impeachment afinal aceita pelo principal estuprador, Cunha. Isso quer dizer: ela pretensamente legitimou o estupro. E acompanhou tudo ensandecida.
De Janaína pode-se dizer que vibrou, como se tomada por uma entidade do mal, com o que os homens fizeram com Dilma. A seu lado, na vibração incontida em que arremessava a cabeça para cá e para lá, estava um nonagenário que se revelou um câncer, uma metástase, uma zika para o Brasil, Hélio Bicudo.
Marina também incentivou os estupradores, com a torcida para que eles pegassem Dilma. Não esqueçamos disso: a participação de Marina. Mulheres cúmplices no jornalismo foram muitas, de Míriam Leitão a Eliane Cantanhede, de Dora Kramer a Cristiana Lobo.
Como Dilma sobreviveu é um mistério. Quer dizer, um mistério relativo. Para quem sofreu torturas dos militares por tanto tempo em masmorras, nenhuma violência é insuperável.
Os brasileiros têm uma chance, ou uma obrigação, de reparar o horror perpetrado pelos estupradores.
Basta devolver a Dilma o que lhe foi roubado no estupro, e punir seus estupradores, um a um.

Convocação nas redes: focar no Gilmar!

Esse Golpe não dura!


Em nome da Democracia - "Democracia e Globo, um ou outro" - o Conversa Afiada repassa convocação que recebeu por Whatsapp:
EIS O NOSSO GRANDE DESAFIO - REPASSANDO: Foco, concentração, objetivo.

Imaginem se movimentos populares se concentrassem em Gilmar (PSDB-MT) Mendes.

Estudantes, UNE, MST, MTST, CUT, CTB, blogueiros sujos, Midia Ninja, Jornalistas Livres, ocupantes do MINC  etc.

Certamente a probabilidade de sucesso seria muito grande.

E Mendes é quem tem feito a balança pender.

As maiores perdas e desastres têm tido causa em suas decisões.

Políticos destrutivos tem tido poder graças a ele. Proteção.

Sua parcialidade explícita e despudorada é gritante.

Anulando Gilmar Mendes, o Golpe dura menos !

Mas o segredo é o foco. Concentração.

Foco: como o de um raio laser !

Esse Golpe nao dura, diz o Franklin Martins !

Divulguem !

quinta-feira, 26 de maio de 2016

O GOLPE FOI NORTE AMERICANO E É DE OCUPAÇÃO


Em que pese a minha dificuldade com línguas que não a portuguesa e as limitações do Google Tradutor, venho passeando por blogs europeus, buscando análises independentes, e há uma unanimidade em todo o mundo: este golpe vem sendo trabalhado a pelo menos uma década, pelos serviços de inteligência norte americanos, contando com informantes e colaboradores brasileiros, entre eles José Serra, FHC, Aloysio Nunes, Sergio Moro, Gilmar Mendes e o próprio Michel Temer, nomes confirmados pela Wikileaks, além de jornalistas, principalmente baseados na Rede Globo, a começar por William Wlack, este, mais que informante e colaborador, espião.
Temer não passa de um marionetes, um mamulengo do governo norte americano (o termo marionete, usado em relação a Temer, é corriqueiro, na Europa).
O pacote de maldades previsto inclui muito mais do que pensamos e esperamos, vai se aprofundar até a contratação, pelo governo brasileiro, de funcionários da Goldman Sachs e do Fundo Monetário Internacional – FMI, para gerir a nossa economia, conforme os acordos pré-golpe, documentados.
A Lava Jato, o boicote do parlamento, a parcialidade do judiciário e do Ministério Público, a crise artificialmente plantada, a venalidade da mídia... Não foram fatos isolados e por acaso coincidentes, foi tudo milimetricamente planejado, inclusive as manifestações lideradas por grupos como o Brasil Livre, Vem pra Rua e Revoltados on Line, financiados por mega empresários norte americanos, entre eles os irmãos Charles e David Koch.
Em jogo, a velha doutrina da “América para os americanos”, agora ameaçada pelos Brics, que os norte-americanos têm não como concorrentes, mas como inimigos.
A guerra antiga, convencional, cara, no sentido de onerosa e de querida, para os Estados Unidos e aliados, foi substituída pelo que eles chamam de guerra híbrida, onde os tiros só são dados depois que se esgotaram todas as possibilidades de golpes, via parlamento ou judiciário.
O mecanismo é simples, já deu certo em Honduras e no Paraguai, errado na Síria e o Brasil ainda é uma incógnita.
E como funciona essa guerra? Descartado o envolvimento das Forças Armadas (por isso em nenhum momento os nossos militares se manifestaram), entram o judiciário, investigando a partir de informações dadas pelos serviços de informações dos EE UU (por isso tantas viagens de Moro e de Promotores do Ministério Público aos Estados Unidos: por isso a irritação da Dilma, no episódio da espionagem sobre a Petrobras); o legislativo, obstruindo os trabalhos ou negando a aprovação de matérias necessárias ao bom desempenho do executivo; e a mídia, alardeando uma crise artificial e desconstruindo as imagens de lideranças, a partir de vazamentos das investigações.
Nas redes sociais, milhares de ativistas remunerados (só o PSDB chegou a ter 9 000), agindo em três níveis: no mais baixo, espalhando calúnias em fotos editadas, dirigidas aos analfabetos funcionais, reprodutores automáticos do lido, sem questionamento; no nível médio, desconstruindo a reação, pela desqualificação (em todas as vezes em que afirmei, em postagens, que os americanos estavam por trás do golpe, idiotas remunerados afirmaram que era a teoria da conspiração, uma neurose de esquerdistas); e no nível superior, manipulando dados, estatísticas e conceitos.
Para comover e impressionar, reeditaram velhos fantasmas, como o comunismo, agora travestido de bolivarismo, inflação galopante, desemprego em massa, roubalheira desenfreada...
Repito, nada disso foi por acaso, e podemos perceber ao consultar o documento “Wikileaks Cabos Diplomáticos Relacionados”, onde estão as trocas de mensagens, do então deputado federal Michel Temer, passando informações e recebendo orientação do Conselho Nacional de Segurança Nacional dos Estados Unidos.
Lastimo pela inocência do governo brasileiro, que, ao contrário de Maduro, Morales e outros, não percebeu o que estava acontecendo ou, se percebeu, foi frouxo.
Irrita-me a inocência dos militantes de esquerda, atribuindo a Moro, Gilmar ou Aécio a paternidade do golpe, quando são apenas assalariados vassalos dos norte-americanos.
E frustra-me a esperança de muitos, de que o golpe será revertido. O judiciário está comprometido com o golpe, é parte do golpe, e nada fará.
Imaginando-se que na segunda etapa do processo de impeachment os golpistas não consigam os 54 votos no Senado, ainda assim Dilma não voltará, estão se estruturando para isso, é compromisso internacional.
Reverter, agora, só o povo, tomando consciência que hoje somos um país ocupado, e que temos que expulsar os invasores, representados pelos maus brasileiros que se venderam, e depois fazer justiça, sem dó nem piedade.
Francisco Costa
Macaé, RJ, 20/05/2016.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

O que a nova conversa revela sobre Lewandowski e o STF, Otávio Frias e a Lava Jato, Aécio e o golpe — e Dilma

E o golpe vai sendo brutalmente exposto: Renan
E o golpe vai sendo brutalmente exposto: Renan
O grande mérito da publicação das conversas gravadas é tornar brutalmente claro aquilo que as pessoas mais informadas já sabiam e que era negado pela mídia liderada pela Globo.
Foi golpe. E foi um golpe imundo, em que homens e instituições moralmente putrefatos se uniram para derrubar uma mulher honesta que levou a investigação da corrupção a patamares jamais vistos.
A gravação de Renan, publicada hoje pela Folha, ajuda a compreender ainda melhor o que ocorreu.
Mais uma vez, o STF aparece com destaque na trama golpista. E isto é desesperador: você pode cassar políticos. Mas como lidar com um poder que julga a si mesmo?
Num mundo menos imperfeito, o STF seria imediatamente dissolvido, tais as acusações e as suspeitas que recaem sobre seus integrantes.
Mas como fazer isso?
Escrevi ontem e repito agora: o STF era o grande argumento pelo qual a Globo, em nome da plutocracia, atacava como “alucinação” e “conto da carochinha” a tese do golpe.
Na conversa agora divulgada, Renan diz que todos os eminentes juízes do Supremo estavam “putos” com Dilma.
O motivo não poderia ser mais canalha: dinheiro.
Renan relata uma visita que fez a Dilma. Ela conta que recebeu Lewandowski para o que imaginou que fosse ser um encontro de alto nível sobre a dramática situação política do país.
Mas.
Mas Lewandowski “só veio falar em dinheiro”, disse Dilma. “Isso é uma coisa inacreditável.”
Há muitas coisas inacreditáveis em relação ao STF, a rigor. A demora de quatro meses de Teori para acolher o pedido de afastamento de Eduardo Cunha é uma delas. As atitudes sistematicamente indecentes e partidárias de Gilmar Mendes e seu mascote Toffoli são outra delas.
O interlocutor de Renan na conversa, o mesmo Sérgio Machado de Jucá, produziu a melhor definição do STF destes tempos. “Nunca vi um Supremo tão merda.”
Outros personagens destacados do golpe aparecem neste diálogo vazado. A Folha, por exemplo, se bateu intensamente pela queda de Dilma. Mais especificamente, seu dono e editor, Otávio Frias Filho.
Ele é citado por Renan como tendo reconhecido exageros na cobertura da Lava Jato.
Ora, ora, ora.
Se reconheceu o caráter maligno do circo da Lava Jato, por que ele não fez nada? Ele era apenas o ombudsman do jornal, ou o porteiro do prédio?
Bastaria uma palavra sua para retirar o exagero da cobertura. Se não a pronunciou, é porque era conivente ou inepto como diretor.
Faça sua escolha.
Aécio surge acoelhado. Tinha medo da Lava Jato, diz Renan. Sabemos agora que Aécio não é apenas demagogo, hipócrita e corrupto.
É também covarde.
E é neste campo que, sem saber que era gravado, Renan presta um extraordinário tributo a Dilma. “Ela não está abatida, ela tem uma bravura pessoal que é uma coisa inacreditável.”
Os colunistas da imprensa, nestes dias, diziam freneticamente que Dilma estava abatida.  Era gripe, informa Renan. “Ela está gripada, muito gripada.”
Se existe algum tipo de decência no Brasil – de justiça não dá para falar, dado o STF – Dilma tem que receber um formidável pedido de desculpas dos brasileiros e ser reconduzida ao posto do qual canalhas golpistas a retiraram.

"Essa porra" é a Lava Jato


domingo, 22 de maio de 2016

Pelo fim da tecnocracia teocrática de exceção

Sanguessugado do Ulysses Ferraz

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Morro do Turano - Foto Isabela Kassow

Temer em sete dias praticamente destruiu o Brasil.

E pelo visto só vai descansar quando o houver destruído completamente. Falta pouco.

 Em sete dias o país se transformou em uma tecnocracia teocrática de exceção. Ou em teocracia tecnocrática de exceção. A ordem dos fatores não altera o resultado: o assassinato da democracia e o surgimento de um Estado sem direitos.

Um Estado de exceção.

O Deus mercado e o Deus da intolerância se uniram em favor da interrupção do país.

Um país cuja construção é sempre interrompida pelas forças conservadores de sempre.

Em pouco tempo a violência tecnocrática já mostrou toda a sua fúria contra as políticas de inclusão social e distribuição de renda.

 E o pior ainda está por vir.

Ficaremos assistindo a tudo passivamente e letárgicos?

O Brasil está sendo suicidado por um quase morto.

E por toda essa gente que odeia a vida.
 Deixemos a morbidez para o vampiro e seus mortos vivos de plantão.
A vida impõe a luta pela vida.
Vamos todos pra luta! Todo dia. Toda hora. Na cidade. No campo. Na casa. Na rua. Em qualquer lugar. Sem data para acabar. Enquanto a farsa de Temer não cair.

Lutar sem parar.

pra quem não sabe o que é um coxinha


quinta-feira, 19 de maio de 2016

Quem quebrou a Eletrobras foi o Moro

Junto vai a Eletronuclear para o Pentágono!
publicado 19/05/2016
obama lava jato
Elvis Rocha no FB do C Af
A CVM americana, a Securities and Exchange Commission, que regula a Bolsa americana (ao contrário da CVM daqui, que não regula nada… muito menos o Banco Opportunity), a SEC “deslistou” a Eletrobras das empresas que podem ser negociadas na Bolsa.

Foi barrada na Bolsa de NY: do not cross!

Porque a Eletrobras não conseguiu enviar os balanços auditados de 2014 e 2015.

O PiG teve orgasmos e, como o Francischini, correu, correu para acusar a Dilma de incompetência.

Lamentavelmente, a culpa não é da Dilma.

É do Moro!

Esse que aplicou a pena mais alta ao Dirceu, porque o Dirceu não delatou e o desmoralizou na oitiva.

A culpa é do Moro, que ainda não fechou a Petrobrax.

Mas, está fechando a Odebrecht, a Camargo, a Andrade e todas as empresas brasileiras de engenharia pesada, para que o Cerra, em acordos bilaterais (quá, quá, quá!) entregue tudo à Bechtel, à Haliburton…

Como diz o sábio Saturnino: melhor entregar logo tudo, como fez a Costa Rica.

Por que o Moro quebrou a Eletrobras?

Porque, segundo o Estadão, em comatoso estado, “desde junho de 2010, o escritório independente Hogan Lovells investiga possíveis irregularidades em sociedades e obras tocadas pela Eletrobras, por conta de denúncias da Polícia Federal (aquela que grampeia mictório de preso… - PHA). Como o escritório se depara a cada momento com algo suspeito, pede novas informações , o que demanda novas analises”.

A PF “investiga”, o Moro vaza e a Eletrobras quebra!

Elementar!

O Golpe começou e acabou em Washington!


A Centrais Elétricas Brasileiras, Eletrobras, crida pelo grande presidente João Goulart, em 1962, é uma empresa sob controle estatal que funciona como holding de todo o sistema elétrico do país.

É a Petrobras da Eletricidade!

Em 2014, a Eletrobras faturou R$ 36 bilhões!

Moro conseguiu destruir um pequeno patrimônio:

Eletrobras CGTEE, Eletrobras Chesf, Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Eletrosul e Eletrobras Furnas; las distribuidoras Eletrobras Distribuição Amazonas, Eletrobras Distribuição Acre, Eletrobras Distribuição Alagoas, Eletrobras Distribuição Piauí, Eletrobras Distribuição Rondônia e Eletrobras Distribuição Roraima; a empresa de participações Eletrobras Eletropar; e o centro de pesquisas Eletrobras Cepel.

A Eletrobras também detém metade do capital de Itaipu Binacional.

Responsável por 37% do total da capacidade de geração do país, a Eletrobras tem capacidade instalada de 42.080 megawatts e 164 usinas – 36 hidrelétricas e 128 térmicas, sendo duas termonucleares.

Possui mais de 58 mil quilômetros de linhas de transmissão, o que corresponde a 57% do total nacional.
A empresa também promove o uso eficiente da energia e o combate ao desperdício por intermédio do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica. (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Eletrobras)

Em tempo: pequeno e não desprezível detalhe: a Eletrobras que o Moro quebrou controla 99,99% das ações da Eletronuclear!

Precisa desenhar?


Paulo Henrique Amorim

Protestos chegam a Cannes e se espalham.


Maria Antonieta Temer envergonha o Brasil no mundo

No tabloide conservador inglês Daily Mail:

"A despeito da tormenta econômica em seu país, Marcela Temer nega-se a abandonar seu ritmo de vida opulento...Com a nação latino-americana abalada por escândalos envolvendo políticos gananciosos, poucos perdoarão a ostentação da primeira-dama, aparentemente alheia aos problemas de seu país... Para muitos, ela simboliza a desigualdade social no Brasil...."

Anderson Ferreira Eis a "bela , recatada e do lar".
Mais uma VERGONHA mundial. O Daily Mail escreveu um artigo sobre Marcela Temer, onde descrevem em detalhes a dinheirama que ela gasta em Nova York, cheia de empregados, exige tudo do bom e do melhor, e do mais caro! O jornal a compara a Carla Bruni, mulher do ex-presidente francês Nicola Sarkozy, que pra quem não sabe era vista como primeira-dama fútil e dondoca. O artigo fala ainda que Marcela parece desconectada da realidade econômica do país.

De acordo com o jornal, em 2011 ela só aceitou mudar-se para a nova residência oficial após gastar milhões redecorando tudo. Tudo pago com dinheiro público. Vivia em SP e era visitada pelo marido nos fins de semana, e quando mudou-se pra Brasília a gastança só aumentou. Tem QUATRO empregadas apenas para lavar e passar as roupas. E mesmo visitando SP apenas nos fins de semana, a família tem um exército de empregados full time na casa. Alugaram um acaso somente para alojar 52 empregados, ao custo de mais de 80 mil reais mensais, tudo com nosso dinheiro.

O jornal fala ainda que a mãe e a irmã de Marcela vivem uma vida milionária bancadas por Michel Temer (ou, dinheiro público, se preferirem). O jornal a descreve como uma mulher fútil com síndrome de diva. Fecha restaurantes somente para ter uma refeição tranquila com o marido. Tem cozinheira, babá e 2 empregadas apenas para cuidar do filho, alem da ajuda da mãe e da irmã!!

Sua rotina se resume a tratamentos de beleza, manicures, jantares carérrimos e compras, sempre seguida por 5 guarda-costas. Gente, o artigo é longo, fala muita coisa e é cheio de fotos. Evidencia o bando de IDIOTAS que nós somos. Enquanto você batia panela pela Dilma, a Marcela Temer gastava dinheiro do contribuinte com sua vida luxuosa e opulenta.

(Ana Paula Schäpers)

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Bananão facts

O que resta aos coxinhas midiotas

Luis Felipe Miguel

Derrubaram Dilma em atos contra a corrupção e colocaram no poder um governo de ladrões. 

Protestaram contra novos impostos, mas é o que o governo Temer está propondo. Disseram que o déficit público sinalizava a incompetência administrativa, mas Temer vai elevá-lo em mais de 50%.

Para os articuladores do golpe - no congresso, na mídia, no judiciário, no patronato -, esses eram apenas pretextos. O verdadeiro programa está aí: fim do SUS, cobrança nas universidades, destruição da comunicação pública, privatização desenfreada.

E aquelas pessoas que foram às ruas vestidas com camisas da seleção? Muitas, imagino, estão começando a fazer o trabalho de luto da própria estupidez política. Algumas vão aprender no processo e, quem sabe, logo estarão do nosso lado.

Outras, é claro, foram às ruas apenas para expressar seu ódio pela ideia de igualdade. Talvez se voltem contra o governo do usurpador, quando a coisa apertar nos seus calos, mas do nosso lado nunca estarão.

Chomsky: ladrões derrubam mulher honesta


Pau no Minha Casa. Vivam debaixo da ponte

É só o início do governo Temer
publicado 17/05/2016
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Na Fel-lha:

Ministro revoga construção de 11.250 unidades do Minha Casa, Minha Vida

O ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB-PE), revogou nesta terça-feira (17) uma portaria editada pelo governo Dilma Rousseff que autorizava a Caixa Federal a contratar a construção de até 11.250 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida.

A medida havia sido publicada no Diário Oficial no último dia 11, na véspera do afastamento de Dilma, como parte de uma estratégia do governo para antecipar medidas de apelo popular antes da decisão do Senado sobre o processo de impeachment.

As obras previstas seriam administradas por entidades escolhidas pelo governo e destinadas à faixa 1 do programa, que atende famílias com renda mensal de até R$ 1.800.

terça-feira, 17 de maio de 2016

SUS vai acabar. Danem-se os pobres!


bessinha cobras
O SUS é "um sistema ímpar no mundo, que garante acesso integral, universal e igualitário à população brasileira, do simples atendimento ambulatorial aos transplantes de órgãos. Foi instituído pela Constituição Federal de 1988, em seu artigo 196, para efetivar o mandamento constitucional do direito à Saúde como um 'direito de todos' e 'dever do Estado'.“

Era!

O novo Ministro da Saúde (sic), Paes e Barros (PP-Paraná), provisoriamente foragido da Justiça, estabeleceu, em entrevista à Fel-lha:

A Constituição cidadã (essa tal de 1988 - PHA), quando o Sarney sancionou, o que ele falou? Que o Brasil iria ficar ingovernável. Por quê? Porque só tem direitos lá, não tem deveres. Nós não vamos conseguir sustentar o nível de direitos que a Constituição determina.

Em um determinado momento, vamos ter que repactuar, como aconteceu na Grécia, que cortou as aposentadorias, e outros países que tiveram que repactuar as obrigações do Estado porque ele não tinha mais capacidade de sustentá-las. Não adianta lutar por direitos que não poderão ser entregues pelo Estado. Temos que chegar ao ponto do equilíbrio entre o que o Estado tem condições de suprir e o que o cidadão tem direito de receber.

“ministro do apagão” de FH vai para a Petrobras

parente
Os jornais noticiam como certa a nomeação de Pedro Parente, ex-ministro da Casa Civil de Fernando Henrique Cardoso e, o que poucos deles destacam, ex-ministro do Apagão do tucano.
Pois há exatos 15 anos, Parente era chamado para “segurar” o desastre que juntou  falta de planejamento, falta de investimentos e privatização do setor elétrico que nos levou à crise energética de 2001, aliás por contade uma estiagem menor e menos prolongada do que a que tivemos nos últimos três anos.
A nomeação de Parente, para que não se diga que é má-vontade deste blog, que assim a Folha noticiou:
O governo descobriu ontem que a crise de energia, que vai gerar apagões no país a partir de junho, é grave. Para monitorar o problema, o presidente Fernando Henrique Cardoso afastou temporariamente o ministro Pedro Parente da chefia da Casa Civil. Ele vai coordenar o ‘ministério do apagão’.
A Petrobras, para onde provavelmente vai Parente, pagou parte do pato desta crise elétrica.
Como era preciso trazer rápido capital estrangeiro para montar plantas de geração termelétrica, a Petrobras foi forçada a assumir a obrigação de compra da energia a ser gerada a preços altíssimos. Com a volta das chuvas, estes preços, então, foram ao nível da loucura.
Tanto que saiu mais barato para a Petrobras, já no governo Lula, comprar as térmicas do que lhes pagar o que os contratos previam.
Embora imenso, será nada perto do prejuízo que se preparam para causar ao país, “apagando” a Petrobras do papel que ela deve(ria) ter de grande ferramenta de desenvolvimento, usando as jazidas do pré-sal para impulsionar a indústria nacional, e ciência, a tecnologia e a educação.
Vai ser coisa de deixar os canalhas como Paulo Roberto Costa reduzidos aos anões que são – embora milionários – diante da grandeza da Petrobras.
Apagar a Petrobras é tirar a luz deste país.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Constrangida, Globo divulga repercussão mundial sobre golpe


Jornalixo golpista

“A volta do gigante bobo”: a estreia de Serra nas Relações Exteriores

Cada povo tem o Churchill que merece
Cada povo tem o Churchill que merece

“Por muito tempo, o Brasil foi o gigante bobo da América do Sul, um país que só seguia os passos dos norte-americanos e europeus. Aí vieram Lula e Dilma, e o Brasil virou um gigante extraordinário com luz e voz próprias. Temer e seus aliados querem que o Brasil volte a ser o gigante bobo”.
Bastaram 55 palavras para a deputada venezuelana Ilenia Media, líder do partido Pátria para Todos, definir com precisão a destemperada medida de José Serra de abrir guerra aberta aos países bolivarianos 12 horas após tomar posse como ministro das Relações Exteriores do governo de Michel Temer.
Serra, como esperavam os que o conhecem, agiu por impulso, pensando em garantir a sua já tradicional notinha de rodapé na Folha e no Estadão logo na primeira edição do pós-golpe.
Novamente se deu mal: não passou 24 horas teve de engolir que não apenas os bolivarianos mas também o Uruguai não tem intenções de reconhecer Temer (PMDB) como chefe de Estado brasileiro.
E que o governo do Chile igualmente demonstra preocupação – para não dizer da desconfiança generalizada mundo afora com a instabilidade política no país.
Ok, era natural que, sendo um cético inveterado, Serra se recusasse a aceitar um ministério como a Saúde ou a Educação, por exemplo. Dão trabalho e há pouco a fazer em pastas tão caóticas num governo que nem o ambulante da Esplanada acredita muito.
O ministério da Fazenda, como ele queria e se chegou a cogitar, seria impensável, pois Michel Temer tem lá seus defeitos, mas bobo não é: Serra é literalmente odiado por 10 entre 10 dos maiores empresários do país.
Mas era mesmo necessário confiar a ele a diplomacia brasileira, num momento como este?
Para fugir do lugar comum do vinho que tomou na cara recentemente de Kátia Abreu, após um comentário deselegante numa festa em Brasília, puxei pela memória fatos que provam que Serra pode ser tudo, menos um homem afável, qualidade mínima que se espera de um diplomata.
Fui ao youtube e lá está o vídeo de quando era ministro da Saúde e condenou Xuxa pela gravidez.
Palavras dele, José Serra: “Eu fico imaginando quantas adolescentes não se influenciaram pela produção independente de Xuxa com a Sasha”.
Por telefone, falando ao Jornal Nacional, a apresentadora lembrou que, mesmo não sendo casada, tinha condições de criar a filha.
Disse ainda que o que lamentava era a condição do povo, sempre vítima de “políticos que preferem dar entrevistas de impacto invés de tomar decisões que melhorem a vida das pessoas”.
A melhor definição para o imbróglio veio do finado Antônio Carlos Magalhães.
“Só faltava o Serra brigar com a Xuxa”, caçoou o então senador baiano. “Agora, não tem mais ninguém. Ele já brigou com todo mundo”.
Serra já brigou com Felipão, recentemente com Tasso Jereissati e vive as turras com Deus e o diabo. É uma unanimidade: ninguém nunca fica do lado dele.
Nem com criança consegue ser agradável.
Virou meme na web a cena num campinho de terra na periferia de São Paulo em que ele, furiosamente, investe na cobrança de um pênalti contra um menino de 10 anos – assustado, o garoto pega a bola, mas o sapato do então candidato vai parar no fundo da rede.
“Eu não estava com um sapato bom”, foi o comentário de Serra após o ridículo.
Apenas a título de comparação: você imagina o prefeito Fernando Haddad fazendo um comentário desses? E Geraldo Alckmin?
Os críticos dizem que Serra optou pelo ministério das Relações Exteriores, após Temer ter-lhe negado a Fazenda e o Planejamento, porque considera que a pasta lhe dará certa visibilidade, sem uma cobrança por resultados no dia a dia.
Ou seja, pouco serviço e a chance de fazer o que mais gosta: intriga e garantir notinhas de rodapé nos jornais.
Salvo eu esteja muito enganado, a síntese da deputada venezuelana é a que vai prevalecer: o gigante bobo voltou.

Informante dos EUA ganha o mundo!

Cerra, pede ao FHC para reclamar do Le Monde...

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quinta-feira, 12 de maio de 2016


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A República Plutocrática tem que ser exemplarmente derrubada

Ou o Brasil acaba com a Globo ou a Globo acaba com o Brasil
Ou o Brasil acaba com a Globo ou a Globo acaba com o Brasil
A República Plutocrática tem que ser derrubada. E tem que ser derrubada exemplarmente para que no futuro a plutocracia não ouse fazer o que está fazendo agora.
O Brasil deveria se encaminhar para se tornar uma sociedade escandinava. Igualitária, com oportunidades iguais para todos, sem os contrastes indecentes de riqueza de poucos e misérias de tantos.
Mas o sonho da Escandinávia foi atropelado pela realidade paraguaia. Com o golpe, viramos um imenso Paraguai, e agora o que se deve esperar é uma política econômica que vá aprofundar as já colossais desigualdades brasileiras.
Com Temer, é como se o thatcherismo, repudiado e morto nas sociedades avançadas pela brutal concentração de renda que trouxe, estivesse no auge do vigor.
Isso mostra a mentalidade anacrônica, obsoleta, míope da plutocracia nacional. O mundo pede menos desigualdade. A plutocracia que obliterou 54 milhões de votos trará ainda mais desigualdade para o Brasil.
O dinheiro público vai ser transferido em quantidades indecentes para mãos particulares. Os plutocratas brasileiros vivem não de seu engenho, de sua capacidade de empreender e inovar. Vivem do dinheiro público.
As empresas jornalísticas sabem que poderão contar com a mão do governo amigo para enfrentar as dificuldades trazidas pela Era Digital.
São carroças diante do carro. Mas Temer vai abarrotá-las de recursos do contribuinte por vários meios, o principal dos quais é a publicidade.
Temer vai fazer o que nem Lula e nem Dilma jamais fizeram, em seu republicanismo suicida e desastrado: aparelhar a Secretaria da Comunicação, a Secom, que cuida da publicidade federal.
Só receberá verbas a mídia plutocrática: Globo, Abril, Folha, Estado e por aí vai. É extraordinário que, na Era PT, essas mesmas companhias ganharam bilhões em publicidade oficial, mesmo com audiências em constante declínio graças à internet.
O PT financiou seus algozes até seu último momento no Palácio do Planalto, um dos erros mais espetaculares e incompreensíveis cometidos pela dupla Lula e Dilma.
As companhias jornalísticas não tiveram que correr sequer o risco de retaliação ao optar por abandonar o jornalismo e fazer descaradamente propaganda anti-PT.
O que a mídia plutocrática não conseguirá fazer é o milagre de dar legitimidade e algum vigor a um governo que nasce sem votos e com enorme rejeição.
Não há nada que faça Temer, com sua consagrada mediocridade septuagenária, se transformar em estadista. Nada também será capaz a imagem criminosa de Eduardo Cunha como o grande arquiteto do golpe.
Temer se instalará no poder sob uma rejeição maciça dos movimentos sociais. Toda nova presidência desperta esperança e algum entusiasmo nos seus primeiros tempos. Temer já chega despertando ódio e descrença.
Ele não pode durar. Tem que ser combatido a cada instante, para que o golpe seja derrotado. As ruas não podem sossegar enquanto este governo espúrio estiver no Planalto.
A República Plutocrática, repito, tem que ser varrida. Golpistas devem virar párias na sociedade.
Só assim nos livraremos da maldição de sermos sempre a terra desoladora da plutocracia predadora, canalha, capaz de qualquer coisa para destruir a democracia.

terça-feira, 10 de maio de 2016

Começou como farsa, segue como comédia e circo. Que não termine em tragédia.


Trabalhadores fecham o Brasil


sem teto
Trabalhadores sem teto fecharam a avenida 9 de Julho, em São Paulo (Foto - Lina Marinelli/Jornalistas Livres)
O Brasil amanheceu nesta terça-feira (10) com protestos de trabalhadores e movimentos sociais contra o Golpe.

Os manifestantes ocupam ruas de ao menos dez Estados e do Distrito Federal. As faixas criticam o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff e acusam a mídia, em especial a Globo, de apoiar o Golpe.


SÃO PAULO

Na Avenida 23 de Maio





Av. Marginal Tietê, em SP, fechada contra o Golpe.





PERNAMBUCO

Em Recife manifestantes contra o golpe travaram a BR 101.







BAHIA

BR 101 amanheceu travada na região do Recôncavo Baiano.






RIO DE JANEIRO

Rodovia Rio Santos travada no interior do Rio de Janeiro.





A Rodovia BR101, eixo litorâneo do Brasil, teve diversos pontos paralisados.






RIO GRANDE DO SUL

Na BR 290, próximo a Porto Alegre, o Levante Popular da Juventude, o Movimento Kizomba, o MST e MTD realizaram o fechamento dos dois sentidos da rodovia.






DISTRITO FEDERAL

Brasília em Luta: BR 020 foi travada em manifestação contra o Golpe






PARANÁCuritiba amanheceu repleta de balões e corações contra o ódio e em defesa da democracia!








ESPÍRITO SANTO
Vitória também amanheceu ocupando ruas e estradas no dia nacional de mobilização contra o golpe e em defesa da democracia






PIAUÍ


A cidade de Picos, no Piauí (PI), também amanheceu paralisada.




MATO GROSSO DO SUL

Em Mato Grosso do Sul, a chuva forte não foi impedimento para a BR 267 amanhecer trancada.




PARAÍBA

João Pessoa amanheceu paralisada e com as saídas para outras cidades bloqueadas.



Mais imagens e cobertura: https://www.facebook.com/midiaNINJA

Fotos: Mídia Ninja, CUT e Frente Brasil Popular