quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Sentado no processo de doações de campanhas, Gilmar reclama de prazos

Responsável por engavetar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o financiamento de campanha por mais de um ano, o ministro Gilmar Mendes, vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), reclamou da falta de prazo para concluir a análise sobre o pedido apresentado pelo PSDB sobre a impugnação do mandato da presidenta Dilma.


Foto: Carlos Humberto-SCO-STF
Mendes diz que ação no TSE corre o risco de se tornar inócua Mendes diz que ação no TSE corre o risco de se tornar inócua
Escancaradamente interessado em anteder ao pedido dos tucanos, Gilmar manifestou sua indignação afirmando que a ação de impugnação tucana corre o risco de se tornar inócua por falta de prazo. A irritação de Gilmar é porque o feitiço virou contra o feiticeiro. Assim como ele fez no caso da ação sobre financiamento de campanha, a ministra do TSE, Luciana Lóssio, pediu vista do processo com o placar de 4 votos a 1 pela continuidade da ação. O colegiado é composto por sete ministros, ou seja, o pedido dos tucanos estaria aprovado. Estaria, porque com o pedido de vista os ministros podem mudar seus votos até a proclamação do resultado final.

“O limite temporal é o mandato. Precisamos instaurar a ação, sob pena de ela não ser efetiva”, disse, em entrevista ao jornal Valor Econômico.

Desde 2 de abril de 2014, Gilmar Mendes pediu vista da ação que pede o fim do financiamento empresarial de campanhas. No dia em que pediu vistas do processo, seis dos onze ministros do STF haviam votado a favor da ação, ou seja, a maioria da Corte já havia decidido pelo fim das doações de empresas aos partidos e candidatos. O processo segue parado desde então.

Enquanto senta em cima do julgamento das doações de empresa, Gilmar quer acelerar a ação proposta pelos tucanos, que não aceitam a derrota nas urnas.

Segundo ele, apesar de não haver provas do suposto financiamento ilícito da campanha, as mesmas devem ser “produzidas na instrução processual” e que um dos fundamentos “justamente sugere a corrupção na Petrobras”.

Gilmar citou o depoimento do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, do dono da UTC, Ricardo Pessoa: “Então, no meu voto, eu chamei a atenção para isso. Não se justificava indeferir a ação com o argumento de que não juntaram provas. Que provas as pessoas podem juntar?”, questionou ele, em referência à relatora da ação Maria Thereza de Assis, que pediu o arquivamento do caso por falta de provas.

A ministra Thereza, por sua vez, rebateu Gilmar afirmando que não faz juízo político. “Meu voto foi estritamente jurídico processual”, disse.



Do Portal Vermelho, Dayane Santos, com informações do Valor Econômico

Depois de destruir Nacionalismo árabe, EUA preparam o bote na América do Sul

Sanguessugado do Revista Fórum
Os EUA de Lincoln Gordon organizaram golpe de 64; e preparam novo bote na América do Sul
Rodrigo Vianna
A lista é impressionante: Iraque, Afeganistão, Líbia e Síria. Em menos de 15 anos, os quatro países se transformaram em Estados zumbis. É algo muito grave, a indicar a direção para onde aponta a política expansionista dos Estados Unidos no século XXI.
Com o fim da Guera Fria, deixaram de ter qualquer anteparo para sua estratégia de fazer tombar todos os governos que signifiquem ameaça ao controle do petróleo no Oriente Médio (ou em outras partes do planeta).
Saddam Hussein (Iraque) não era um santo. Todos sabemos. Muamar Gadafi (Líbia), tampouco. Os dois, ao lado da família Assad na Síria, faziam parte de um movimento (o nacionalismo árabe) a significar um grito de independência desses países – que, no passado, haviam estado sob domínio turco ou europeu.
Outra característica unia os três (e era a marca também do regime forte no Egito, comandado por Mubarak, que tombou na tal “primavera árabe”): conduziam estados laicos, com um discurso pautado mais pelo “orgulho nacional” do que pela religião. Eram países comandados por regimes fortes, organizados, com projetos de nações independentes. Apesar de longe, muito longe, de qualquer princípio democrático.
Em nome da democracia, os Estados Unidos varreram do mapa esses governantes. A Líbia foi retalhada, já não existe, debate-se em crise permanente com o confronto entre pelo menos 4 facções armadas. A Síria é um semi-estado, em que Assad resiste em Damasco, mas vê o Estado Islâmico (EI), de um lado, e os “rebeldes” armados pelos EUA/Europa, de outro, avançando sobre grandes porções do território. O Iraque é agora um protetorado ocidental, sem qualquer margem para se organizar de forma independente.
Vejo alguns analistas “liberais”, na imprensa brasileira, dizendo que Washington “fracassou” porque derrubou governos autoritários e, em vez de democracias, colheu o caos no Oriente Médio. Coitados. Tão ingênuos esses norte-americanos.
Ora, ora. Pode haver algo mais fácil de controlar do que populações desorganizadas, que se matam em guerras sem fim, sem a proteção de nada parecido com um Estado organizado?
O projeto dos EUA era – e é – o caos, a criação de uma grande franja que (do norte da África ao Tigre e Eufrates, chegando às montanhas do Afeganistão) debate-se no caos. É o que tenho chamado de “Estados zumbis”.
Mais recentemente, a intervenção de Washington avançou para a Ucrânia. De novo, vejo quem lamente que a intervenção não tenha levado a uma democracia ucraniana em estilo ocidental. Como se o objetivo fosse esse…
Está claro que, também na Ucrânia, o objetivo era criar um estado de caos e inoperância – que, de toda forma, é melhor do que uma Ucrânia forte, unificada, pró-Russia (essa era a ameaça antes da famosa rebelião fascista da Praça Maidan, insuflada pelos EUA, em Kiev).
A diferença é que na Ucrânia os norte-americanos encontraram resposta russa, que puxou para si a Criméia  e as regiões do leste  ucraniano (onde a cultura dominante e a língua são russas). “Ok, vocês podem criar o caos na sua  Ucrânia; mas na nossa, não” – esse parece ter sido o recado de Putin a Obama.
Evidentemente, a derrubada dos governos em cada um desses países (do norte da África ao Afeganistão, da Ucrânia ao Tigre/Eufrates) seguiu motivações e roteiros próprios. Mas todas essas intervenções são parte de um mesmo movimento de afirmação da hegemonia dos Estados Unidos.
O poder imperial, em relativa crise econômica, se afirma pelas armas de forma impressionante, mundo afora – e isso em apenas 15 anos.
Vivemos o período das “operações especiais”, das guerras não-declaradas, das rebeliões movidas a whatsapp e vendidas como “gritos pela democracia”.
O mundo se ajoelha ao poder imperial. O nacionalismo árabe, que oferecia alguma resistência ao avanço dos EUA e seus parceiros da OTAN, foi destroçado.
Outro pólo de oposição é o que se desenha na Eurásia, com a parceria energética e logística entre russos e chineses. Por isso, Putin está sob cerco econômico, e ali – mais à frente – será jogada a partida decisiva no xadrez mundial.
Antes disso, no entanto, a política de intervenção de Washington se move para a América do Sul. Honduras e Paraguai foram ensaios, bem-sucedidos.
Venezuela, Argentina e Brasil: aqui, agora, vemos avançar o projeto de criar novos Estados zumbis. Depois do nacionalismo árabe, chegou a hora de destruir o nacionalismo latino-americano. Não é por outro motivo que “bolivarianismo” virou o anátema, o palavrão, o inimigo a ser derrotado – numa ofensiva que é política, econômica e sobretudo midiática.
Claro que todos esses país possuem problemas. Não quero dizer que todos os dilemas da América do Sul sejam responsabilidade do Império do Norte. Não. Simplesmente, Washington aproveita as contradições e fraquezas internas, em cada um desses países, para assoprar a faísca do caos.
Aqui, no Brasil, a intervenção não precisa ser diretamente militar. Basta atiçar setores sob hegemonia da cultura (e da grana) dos Estados Unidos.
Num encontro social (em São Paulo, claro), recentemente, ouvi a proposta pouco sutil: “bom mesmo é que o Obama invadisse isso aqui, e acabasse com essa bagunça”. Esse é o projeto dos paneleiros no Brasil. O fim da Nação, a anexação ao Império.
A próxima batalha – parece –  será travada na Venezuela.
Maduro fustigou os Estados Unidos, mandando embora parte do pessoal da embaixada dos EUA em Caracas. Agora Washington reage e declara a Venezuela uma ameaça à segurança dos Estados Unidos (leia aqui).
A escalada verbal favorece os setores mais duros do chavismo. Ameaça de intervenção do Império pode dar a justificativa para um governo chavista mais forte, em que o poder já não estaria com Maduro, mas com os militares chavistas. A burguesia que hoje bate panelas em Caracas talvez tenha que seguir o caminho da elite cubana, em direção a Miami. Mas haveria guerra civil. O caos. Uma Líbia, ou um Iraque, às portas do Brasil.
Com um governo muito mais moderado, o Brasil também vive em estado de pré-convulsão política. Reparem: é o Estado (e não o “petismo”) que pode se desmanchar. Petrobras, políticas sociais, a própria ideia de desenvolvimento. Tudo isso está em cheque. E não é à toa.
Na Argentina, já se fala abertamente no envolvimento de serviços de inteligência estrangeiros, na morte do procurador Nisman – com o objetivo de desestabilizar Cristina Kirchner - leia mais aqui, no texto de Paul Craig Roberts (sugestão do site O Empastelador).
No Brasil, vivemos uma venezuelização de mão única: apenas um dos lados aposta no confronto total. Os paneleiros querem sangue; o governo mantem a moderação verbal. Até quando?
O cenário é de um confronto que ameça não o governo Dilma, mas a própria ideia de um Estado nacional com projeto próprio.
A manifestação do dia 15 é só um capítulo da guerra. A própria batalha do impeachment é parte de uma guerra muito mais ampla.
Essa guerra será dura, e pode durar muitos anos. O tempo da conciliação acabou.
P.S.:
Nos anos 80, quando se falava na participação direta dos Estados Unidos na derrubada de TODOS os governos do Cone Sul (Argentina, Brasil, Chile e Uruguai), ocorrida uma ou duas décadas antes, certos liberais uspianos sorriam, e atribuíam a afirmação a “teorias conspiratórias”; com a abertura dos arquivos em Washington, conheceu-se a verdade.
Parece “teoria conspiratória” que, depois de eliminar o nacionalismo árabe, os EUA preparem-se para um ataque contra a América do Sul bolivariana?

Bancos e grandes corporações são 'os donos da crise mundial'

Via Rede Brasil Atual
Problemas que ameaçam países hoje são causados pela "financeirização" e por interesses das grandes corporações que controlam a economia do planeta, segundo economista Ladislau Dowbor
Redação da RBA
Fernanda Carvalho/Fotos Públicas
dolar
Segundo o economista, endividamento e lucro exorbitantes dos bancos travam a economia brasileira
São Paulo – “Temos todo o necessário hoje para construir um mundo que faça sentido. O problema não é falta de recursos, é falta de governança.” Assim o economista Ladislau Dowbor, professor da PUC São Paulo, iniciou palestra ontem (26) no 3º Congresso Internacional de Ciências do Trabalho, Meio Ambiente, Direito e Saúde, realizado pela Fundacentro, Alal (Associação Latinoamericana de Advogados Laboralistas) e Ministério Público do Trabalho (MPT), que ocorre na Faculdade de Direito da USP.
O também professor foi enfático ao discorrer sobre as origens e responsabilidades pela atual crise econômica mundial: “A totalidade das chamadas commodities – grãos, petróleo, gás e minérios – está nas mãos de 16 tradings globais”, disse, ao referir-se à queda nos preços desse segmento nos últimos 12 meses. “Quando se pensa que os principais bens do planeta estão com 16 corporações, vemos que há um controle da economia mundial sem que se tenha um governo mundial.”
Ele citou estudo do Instituto Federal Suíço de Pesquisa Tecnológica que aponta: 737 empresas controlam 80% do sistema corporativo mundial. “Isso é gente que se conhece, nem precisa se procurar para conspirar. Trata-se de um verdadeiro oligopólio planetário, e 65% desse sistema corporativo é formado por bancos.”
Para o professor, esse controle e financeirização da economia resultou numa dinâmica que hoje multiplica um sistema de quebradeira nos mais variados países: “O que hoje está acontecendo na Grécia, antes aconteceu no sudeste asiático e, antes disso, no México, e também já aconteceu na Argentina”.
Com essa introdução sobre economia mundial, o professor abordou os Desafios à consolidação do estado social democrático na América Latina, tema em debate na tarde de terça-feira 25,  até sexta-feira 28.
Também participou da mesa o ex-ministro de Relações Internacionais do governo Lula, o diplomata Celso Amorim.
“Contribuição” dos bancos
Ladislau Dowbor destacou o papel dos bancos na crise brasileira, a partir de dados do Banco Central sobre o endividamento das famílias: em 2005 correspondia a 19,3% da renda, em abril de 2015 pulou para 46,5% da renda. “Isso trava a economia”, argumentou, lembrando os exorbitantes juros bancários no país. “Um crediário no Brasil tem 100% de juros, na Europa é 13%. O rotativo do cartão de crédito alcança em média 300% ao ano. O cheque especial no Brasil chega a 200% ao ano, enquanto que na Espanha é 0% até seis meses. Hoje temos mais de R$ 20 bilhões empatados em dívidas de gente que está pagando cheque especial. Ou seja, crediários, cartões de crédito e juros bancários para pessoa física travam a demanda, pois o comprador paga em dobro pelo produto, assim endivida-se muito comprando pouco.”
Também criticou os altos juros para pessoas jurídicas e enfatizou: “Para completar esse quadro, a alta da Selic provoca a transferência de centenas de bilhões dos nossos impostos para os bancos, o que trava a capacidade do Estado de investir em infraestrutura e expandir políticas sociais”, disse, referindo-se aos títulos da dívida pública, indexados pela Selic. “Assim completa-se o quadro dessa bandidagem absolutamente fenomenal que está drenando recursos do nosso país”.
Interesses na crise
Dowbor lembrou os avanços sociais que o país teve nos últimos anos, com o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) crescendo 31% entre 1980 (0,549) e 2011 (0,718), desempenho que foi puxado pelo aumento na expectativa de vida (de 62,5 anos para 73,5 anos), pela melhora na média de anos de escolaridade (4,6 anos a mais) e pelo crescimento da renda nacional bruta per capita (quase 40% entre 1980 e 2011). “E vamos dizer que o país está quebrado?”, questionou.
“Os resultados são gigantescos, muito sólidos, essa crise não é uma crise econômica, é uma crise levada por interesses políticos. Temos uma aliança do sistema financeiro, da mídia e de parte do Judiciário. E não vamos nos esquecer do Congresso que é eleito por corporações, por isso temos a bancada ruralista, a dos bancos, a das empreiteiras, das montadoras... fica-se à procura da bancada do cidadão.” E completou. “Tivemos isso em 54 (ano em que Getúlio Vargas se suicidou). Tivemos também em 64 (ditadura militar) e estamos tendo isso de novo hoje. Não passa pela goela das nossas oligarquias que haja uma democracia, e isso não só nos ameaça aqui, como nos ameaça no continente latino-americano e no mundo.”
Com reportagem de Andréa Ponte Souza, do Sindicato dos Bancários de São Paulo

Democracia Representativa

Ovelhas votam livremente 
Marco Aurélio Mello

A sociedade brasileira é majoritariamente urbana, mas a maior bancada é ruralista.

A sociedade brasileira é majoritariamente de trabalhadores, mas a maior bancada é de empresários.

A sociedade brasileira é majoritariamente católica, mas a maior bancada é evangélica.

A sociedade brasileira é majoritariamente pacifista, mas a maior bancada é a das armas.

A sociedade brasileira é majoritariamente negra, mas a maior bancada é branca.

A sociedade brasileira é majoritariamente feminina, mas a maior bancada é a dos homens.

Como posso acreditar em Democracia Representativa assim?

A lição da libertação de uma carioca acusada da morte de uma turista italiana.

Mirian França
Mirian França

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A farmacêutica Mirian França, negra, sem antecedentes criminais, presa arbitrariamente por longos 16 dias no início de 2015, sob acusação de ter assassinado Gaia Molinari, turista branca italiana, na praia de Jericoacoara, em Fortaleza, entrou com representação administrativa contra a delegada Patrícia Bezerra, responsável pelo caso. A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro acolheu o pedido.
O caso ficou conhecido porque Mirian, além de sabedora de seus direitos, teve a seu favor  organizações e pessoas que se movimentaram para defendê-la: associações de mulheres negras, feministas, de Direitos Humanos. O coordenador do curso de pós-graduação em Bioquímica, no qual estava matriculada na capital fluminense, deslocou-se até Fortaleza para depor a seu favor. Amigos e familiares não descansaram um minuto sequer, mobilizando todas as redes e recursos imagináveis (inclusive internacionais) para libertá-la.
Essa mobilização se opôs ao que Milton Santos caracterizou como a brutalidade com que a informação inventa mitos. Dizia o geógrafo em entrevista a Gilberto Gil em 1996: “Acho que vai haver uma grande mudança política, mas nós não temos noção dessa possibilidade, dessa enorme mudança, por causa da violência da informação que é um traço característico do nosso tempo. A brutalidade com a informação inventa mitos, impõe mitos e suprime o que a gente chamava antigamente de verdade, essa violência da informação e das finanças, criou uma certa ideia tão forte do mundo atual que a gente fica desanimado diante da possibilidade de um outro futuro”.
Mirian França foi transformada pela delegada e pela mídia cearense em principal acusada do assassinato de uma turista eurodescendente por meio de fortes pancadas, mesmo sendo fisicamente frágil e não apresentando marcas de luta corporal. A imprensa local rejeitou veementemente o argumento construído por sua defesa popular de que Mirian estaria sendo vítima do racismo que transforma qualquer pessoa negra em suspeita preferencial de crimes, mesmo sem provas.
Conseguida a liberação do cárcere, Mirian França continuou constrangida a permanecer os 30 dias seguintes em Fortaleza, dessa forma, não pôde voltar para casa no Rio de Janeiro e retomar a vida sequestrada pela prisão. Este foi o recurso encontrado pela Defensora Pública que cuidou do caso para, de alguma forma, contentar a delegada que impunha a Mirian a prisão injustificável baseada em contradições bizarras nos depoimentos, tais como, o número de cafezinhos que Gaia Molinari teria tomado enquanto esteve em companhia de Mirian França.
Pela milionésima vez havia-se que superar dois mitos reforçados pela brutalidade impositiva da informação, quer sejam, a inexistência do racismo no Brasil e a existência da justiça imparcial, válida para todos.
Meses depois de conquistar a liberdade, Mirian França conseguiu seu intento junto à Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, ou seja, sua representação administrativa contra a delegada Patrícia Bezerra, que presidiu o inquérito do assassinato de Gaia Molinari, foi acatada.
O pleito baseou-se na tortura psicológica a que foi submetida e na tentativa de induzir o Judiciário ao erro, pois não houve base factual ou legal para sua prisão, além de erros como uma fantasiosa tentativa de fuga do Ceará, sendo que ela tinha endereço fixo, não tinha antecedentes criminais e era aluna regular de um programa de doutoramento em universidade pública.
Enfim, Mirian França concretizou o primeiro passo para demonstrar que a linha de investigação adotada pela delegada Patrícia Bezerra foi baseada em preconceito racial e de gênero, sendo cabível ressarcimento pelo Estado.

Na CPI da Petrobras, Youssef reafirma que Aécio recebeu propina em Furnas




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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Taxa Selic e Aposentados

GilsonSampaio

aposentado
E ela tem outras indagações;
- Porque não cobra apenas uma parte do R$ 1,5 TRILHÃO da Dívida Ativa da União?
- Porque a Receita Federal não cobra os R$ 300 bi de sonegação só este ano.
- Porque não existe  Imposto sobre herança aqui no Brasil?
- Porque 71 mil brasileiros ricos são isentos de IR
- Porque não se audita a dívida pública que consome 49% do nosso orçamento para pagamento de juros pra canalha bancária e rentistas?
- Porque não se cobra os grandes devedores da Previdência?

"Quando as imagens explicam melhor a política do que as palavras" .




fotos
por Eduardo Guimarães

Se reunissem todas as análises que têm sido escritas desde o começo do ano sobre o momento político e as razões das manifestações contra o governo Dilma Rousseff, provavelmente esses escritos lotariam as prateleiras da Biblioteca Real de Alexandria.

Há alguns meses, porém, circulam pela internet – a meu ver, timidamente – duas fotos que, justapostas, são muito mais eficientes para explicar o processo político-ideológico em curso no país do que todas essas análises juntas.


foto 2015

51 anos separam a foto tirada neste ano nas manifestações contra o governo de 12 de março da foto tirada em 19 de março de 1964, a menos de duas semanas do golpe militar que instituiu uma ditadura de 21 anos no país.

Antes que alguém venha contra-argumentar que há diferenças fundamentais entre os dois momentos da vida nacional, quero dizer que concordo. O país em que vivemos hoje impede que essa gente que saiu às ruas em 1964 dizendo as mesmas bobagens que hoje obtenha os mesmos resultados que obteve cinco décadas atrás.

As instituições e as garantias constitucionais são muito mais sólidas, apesar de combalidas pelas prisões arbitrárias e pelo uso da lei de forma seletiva que têm sido vistos nos últimos dois anos e pouco.

Não existe hoje no mundo condições para um país da importância do Brasil sofrer uma quartelada sem se isolar dramaticamente da comunidade internacional – um golpe militar, hoje, afundaria o país, que seria alijado de todas as instâncias multilaterais do mundo.

Então para que serve comparar essas fotos?, perguntará o leitor. Será só pela coincidência perfeita entre as frases que exibem?

Em primeiro lugar, não há coincidência. Quem manufaturou a faixa vista nas manifestações antigoverno deste ano certamente inspirou-se em dizeres que foram levados às ruas nas marchas “da família com Deus pela liberdade” de meio século atrás, as quais, paradoxalmente, levaram o país à maior falta de liberdade que sofreu no século XX.

Uma falta de liberdade que durou 21 anos, diga-se.

Em segundo lugar, a comparação serve para explicar a motivação de quem está protestando contra o governo.

Mais uma vez, outra comparação de imagens mostra que atribuir “repúdio à corrupção do PT” como razão para protestar, não passa de balela.

fotos cunha


Mas se repúdio à corrupção não é a verdadeira motivação dessas manifestações antigoverno, então o que move essa gente?

Aí é que entram as duas fotos que encabeçam este texto. Tanto em 1964 quanto hoje, o que move essa uniformidade étnica e de classe social que quer derrubar o governo é a preservação da desigualdade que essas pessoas conseguiram ampliar ao longo de 21 anos de ditadura.

O aumento da desigualdade durante os anos do Milagre Econômico foi tema de diversos estudos de economistas. Veja o que especialistas escreveram, naquela época, sobre a concentração de renda no país.

Alberto Fishlow, professor da universidade de columbia
Em 1972, escreve artigo publicado na ‘American Economic Review’, mostrando o aumento da concentração de renda no Brasil entre 1960 e 1970. Era o período que a repressão do regime militar alcançava seu auge.
De certa maneira (Carlos) Langoni replicou meu artigo, mas não utilizou as rendas maiores e mostrou uma situação um pouco melhor dos habitantes — afirma.

Carlos Langoni, doutor pela Universidade de Chicago
A pedido do então ministro da Fazenda Delfim Netto, ele fez um estudo sobre o tema e concluiu que a educação era fator preponderante para explicar a piora na distribuição de renda:
— Todos reconhecem que a educação é um fator fundamental para reconciliar desenvolvimento com melhoria da distribuição de renda — afirma o ex-presidente do Banco Central Carlos Langoni.

Rodolfo Hoffmann, doutor em Economia Agrária /USP
No Brasil, na mesma época que Fishlow, Hoffmann também constatou o aumento da desigualdade.
—Todos nós deduzimos, matematicamente, que (o aumento da concentração) tinha a ver com a ditadura. O espantoso no livro do Langoni é que ele não fala do golpe. É o erro básico, como se o mercado funcionasse independentemente da política.


Vale ressaltar que quem diz isso não é este blogueiro, mas o jornal O Globo.
Assim, recorremos de novo a uma imagem para explicar por que a extrema-direita, após mais de 50 anos, voltou a protestar com virulência ímpar contra um governo brasileiro.

concentração de renda

O que preocupa o autor desta análise, pois, é que quando imagens explicam melhor a política do que as palavras é porque a sociedade abandonou o campo do diálogo e mergulhou no da imposição de vontades.

Luciana Genro cita ‘Helicoca’ de Perrela em treta com Feliciano no Twitter



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Diferenças

O que vão pensar do STF?

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

a sociedade quer favela!


É preciso botar na cadeia os ladrões/sonegadores que dissimulam seus crimes em passeatas contra o governo




Quem passou pela Esplanada dos Ministérios ontem (19) deparou com o Sonegômetro, grande painel com registros em tempo real de quanto o Brasil está perdendo com a sonegação de impostos. O prejuízo estimado só neste ano é de cerca de R$ 328 bilhões. A instalação, iniciativa do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda (Sinprofaz), tem por objetivo alertar a opinião pública sobre a necessidade de cobrar do governo federal investimentos na estrutura de combate à perda de recursos em função do não pagamento de tributos por pessoas físicas e jurídicas.

“É importante considerar que 1% das empresas registradas no Brasil detêm dois terços de todo o estoque da dívida. Ou seja, os grandes devedores de impostos são as grandes empresas”, disse o presidente do sindicato, Achilles Frias. Segundo ele, 62% dessa dívida pertence a grandes empresas. O setor de indústria de transformação ocupa o primeiro lugar na sonegação de impostos, acumulando R$ 236,5 bilhões. Em segundo lugar estão os setores do comércio e o de serviços, com R$ 163 bilhões. E, em terceiro, aparecem os bancos privados, que sonegaram R$ 89 bilhões. “Justamente o setor que mais lucrou este ano, apresentando crescimento de 40% no primeiro semestre de 2015, em comparação ao lucro do mesmo período em 2014”, afirmou.

“Eu nem imagino que quantidade de dinheiro é essa. Quem é pobre não sonega porque já recebe tudo descontado. Mas quem é rico deixa de pagar e não acontece nada”, disse Severino Alves Oliveira, que trabalha com manutenção de ar-condicionado e ficou impressionado com os números.

Entre os estados, São Paulo é recordista, com dívidas de R$ 339 bilhões. Em seguida, está o Rio de Janeiro, com R$ 158 bilhões e, em terceiro lugar, Minas Gerais, com R$ 34 bilhões de débitos inscritos da dívida ativa da União . O estado que ocupa o último lugar no ranking da sonegação é o Acre, que acumula dívida de R$ 854 milhões.

A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional consolidou no mês de julho mais de R$ 1,162 trilhão em débitos tributários inscritos na Dívida Ativa da União (DAU). Segundo o Sinprofaz, mais de 7,5 mil vezes o prejuízo estimado com o mensalão, 500 vezes o que foi revelado pela operação Lava Jato e mais de 50 vezes o que se descobriu da operação Zelotes.

“Os procuradores da Fazenda nacional têm buscado sensibilizar o governo no sentido de investir mais recursos na Procuradoria para que possamos nos concentrar na cobrança desses grandes devedores. Se o governo investisse na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, o Brasil não precisaria fazer o ajuste fiscal, porque teríamos condições de cobrar um estoque gigantesco de R$ 1,5 trilhão”, afirmou Frias, referindo-se à estimativa do montante de débitos tributários a que deve chegar à DAU no final deste ano.

De acordo com Frias, os procuradores trabalham sem equipamento adequado para investigação, com tecnologia ultrapassada e falta de pessoal qualificado de apoio. “Se cada procurador tivesse, pelo menos, cinco pessoas no apoio, teríamos tempo para investigar mais, estudar estratégias e fazer um trabalho com foco em inteligência. Mas hoje não temos nem sequer um único servidor de apoio para cada procurador. E já está mais que provado que para cada R$ 1 investido na Procuradoria o retorno é de R$ 820 para os cofres públicos”, afirmou.

Para o servidor do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Leonardo Rodrigues, quem sonega impostos é responsável pela falta de hospitais, escolas e pela violência. “Os sonegadores tiram a possibilidade de melhorar os investimentos em saúde e educação. Sem um sistema de educação decente, aumenta a bandidagem. Para acabar com os crimes de sonegação, é preciso pôr fim às indicações políticas para os tribunais, para os cargos em comissão e acabar com o financiamento privado em campanhas eleitorais”, sugeriu o servidor, ao parar e observar o Sonegômetro.

(RBA/ Brasil de Fato)

Este é Malafaia.


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O grande mérito dos vídeos e fotos dos protestos feitos fora das empresas jornalísticas

O que vai na cabeça deles?
O que vai na cabeça deles?
O grande mérito dos vídeos e fotos feitos fora do âmbito das empresas jornalísticas foi desfazer a farsa de que as manifestações são uma “festa pacífica da família brasileira”.
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Não são.
Elas são um encontro do que há de mais obtuso, mas odioso, mais atrasado e mais lunático na sociedade brasileira.
E não venha dizer que os vídeos são forçações. Você vê que os documentaristas apenas captaram o que se passava nas ruas. Não tiveram que suar para encontrar malucos. (O melhor vídeo é o de um ‘reporter chileno’. Você pode ver aqui.)
Vou citar imagens ao acaso.
Pessoas rezando por um golpe militar. Uma velhinha lamentando que a ditadura não tenha matado “todos eles”. Outra senhora lamentando num cartaz que Dilma não tenha sido enforcada no Doi Codi. Um grupo reivindicando a volta da monarquia.
E mais figuras como que saídas de um hospício, fantasiadas de Capitão Brasil, Batman, Harry Potter, Coxinha e outras barbaridades.
Entrevistados nos vários vídeos realizados por pessoas independentes, os manifestantes demonstraram uma extraordinária dificuldade em articular uma frase coerente.
É como se eles vivessem numa alucinante realidade paralela, na qual enxergam comunistas perigosos em cada esquina, prontos a transformar o Brasil em Cuba.
Gritam, esperneiam, vociferam, vomitam incongruências tiradas de algum desvão obscuro do cérebro.
Me perguntei, depois de ver alguns vídeos, como vivem essas pessoas no mundo real.
Na segunda-feira, passado o piquenique, conseguem trabalhar? Conseguem conviver com gente normal? Ir ao emprego, cumprir tarefas?
Também fiquei curioso sobre onde buscam informações, ou pseudoinformações.
Está claro que a Veja é a fonte número 1 de notícias da maior parte dos manifestantes.
Isso quer dizer o seguinte: a Veja está formando imbecis raivosos em escala industrial.
Quando você trabalha numa revista, uma pergunta frequente que a equipe se faz, para ajudar a entender melhor a publicação, é a seguinte. “Se a revista fosse alguém, quem seria?”
As editoras de revistas femininas sempre gostaram de responder Madonna, ou Giselle, ou Meryl Streep.
A Veja é o Batman do Leblon, o Capitão Brasil e as velhinhas assassinas – tudo somado.
Não houvesse a internet, e dentro dela as vozes independentes, a narrativa dominante seria, repito, a de que os protestos são uma fraternal confraternização de brasileiros do bem, unidos na indignação contra a roubalheira.
Mas esta mentira não sobreviveu à realidade documentada por gente de fora das empresas jornalísticas.
Manifestações como a de domingo são um vexame nacional e internacional.
Estão absolutamente desmoralizadas.
E o responsável pela desmoralização foram os próprios participantes, ao serem expostos sem a pesada maquiagem cínica preparada pela imprensa.
(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).
Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Pré-sal poderia abastecer mundo inteiro por 5 anos

mapa-pre-sal
Taí porque o Tim Sam andou espionando a Petrobrás e pode estar por trás de muitas das conspirações em curso no Brasil, todas abraçadas pelo PSDB, para detonar a indústria brasileira do petróleo.
Eles querem o pré-sal e querem também o mercado de serviços que trabalha com a Petrobrás.
Querem tudo.
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No site PT no Senado.
MUDANÇA NA PARTILHA, NÃO! Instituto do Rio estima que reservas do pré-sal são quatro vezes maiores
Nova estimativa indica reserva de 176 bilhões de barris, suficiente para atender toda a demanda global por cinco anos
Enquanto, no Senado, aguarda-se a votação do projeto do senador José Serra (PSDB-SP), que acaba com a exclusividade da Petrobras na exploração e produção de petróleo do pré-sal, um novo estudo aponta que as reservas de petróleo da megarreserva marítima é ainda maior do que sabe. A bancada do PT no Senado é contra o projeto de Serra, por considerar que ele provocará a perda de controle da produção, perda da soberania do Estado em uma área estratégica e perda de recursos dos royalties para a Educação.

O estudo é do Instituto Nacional de Óleo e Gás (Inog), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, e corre o mundo desde esta terça-feira (12), quando a agência britânica de notícias Reuters, a mais influente nos principais mercados financeiros da Europa e dos EUA pela sua importância e por se tratar da primeira estimativa confiável sobre o potencial de produção de petróleo do pré-sal brasileiro.
Com a observação de que se trata de uma “estimativa conservadora”, os pesquisadores do Inog, Cleveland Jones e Hernane Chaves dizem no documento que o polígono do pré-sal marítimo tem capacidade para suprir as necessidades atuais de óleo e gás de todos os países do mundo por mais de cinco anor.
As bacias sedimentares de Campos e Santos, sob as quais estão as reservas identificadas pela Petrobras, contêm pelo menos 176 bilhões de barris de recursos não descobertos e recuperáveis de petróleo e gás natural (barris de óleo equivalente), de acordo com um estudo – número quatro vezes maior do que os 30 bilhões a 40 bilhões de barris que já foram descobertos na área.
"Essa é uma estimativa conservadora, com uma alta probabilidade de se tornar verdade, 90 por cento, na verdade. Em tese, o total que ainda não foi descoberto de recursos recuperáveis no polígono do pré-sal pode ser tão grande quanto 273 bilhões de barris, mas o número mais alto só tem uma certeza estatística de dez por cento," acrescentou Jones, em entrevista à agência.
A estimativa do Inog é 54% maior que a publicou em 2010, quando apontou reservas no pré-sal de a 288 bilhões barris de óleo equivalente.
A pesquisa coloca a probabilidade de uma estimativa mais baixa, de 90 por cento, e a previsão mais alta, de dez por cento. Ao contrário de outros países democráticos produtores de petróleo como os Estados Unidos, Canadá, Grã-Bretanha e Noruega, a agência reguladora de petróleo do Brasil, a Agência Nacional do Petróileo (ANP) não publica estimativas de potenciais recursos marítimos do Brasil.
"O Brasil tem sido descuidado por não tornar esses números públicos", disse John Forman, um ex-diretor da ANP. Ele adicionou que a estimativa do INOG é a única estimativa pública confiável que está disponível e que usa métodos aceitáveis pela indústria.
(Com informações das agências)

Ladrões, chefões, farsantes, sonegadores, mas corrupto é sempre e só... o vizinho


Junte-se aos bons

impeachment?

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Frei Betto diz que teme renúncia de Dilma e que evangélicos são o “ovo da serpente”


Da entrevista de Frei Betto à Folha:
Folha – Estão convocando mais uma manifestação contra Dilma para o dia 16. A principal pauta, ou uma das principais, é o impeachment de Dilma. O que acha? Frei Betto – Eu acho que manifestação é sinal da democracia. Pena que a esquerda aprenda com a direita algumas coisas ruins que a direita faz. Deveria aprender as coisas boas –as poucas coisas boas– que a direita faz. Como convocar manifestações para domingo, não para o dia de semana, o que a esquerda tem feito [uma outra manifestação, com apoio do PT, deve ocorrer no dia 20, uma quinta]. Dia de semana? Uma burrice. Atrapalhando o trânsito, como naquela música do Chico Buarque. Não tem sentido, né? Faz no domingo, não tem escola, as pessoas podem sair de casa, estão disponíveis. Pena que a esquerda não aprenda com a direita as coisas boas.
E o impeachment?
Olha, a minha pergunta íntima hoje não é o impeachment. Eu acho que democracia brasileira está consolidada, não há motivo para impeachment. A minha pergunta é outra. É se a Dilma, pessoalmente, aguenta três anos pela frente. Eu temo que ela renuncie.

O senhor tem algum sinal disso?
Não. É puramente subjetivo. Mas temo que ela renuncie. Ou ela tem uma mudança de rota ou eu me pergunto se ela vai aguentar o baque psicológico de três anos e meio [pela frente] com menos de 10% de aprovação, com 71% dizendo que o governo é ruim ou péssimo. Isso é um sinal de que você não está agradando nada. Não adianta fazer cara de paisagem. Alguma coisa tem de ser feita. Ou ela dá uma mudança de rota, muda a receita do ajuste etc., ou ela pega a caneta e fala “vou pra casa, não dou conta”. Eu tenho esse temor.

Há um relato, publicado anos atrás pelo jornal “Valor”, de que no auge da crise do mensalão, em 2005, a Dilma, ministra da Casa Civil, teria sugerido ao Lula que renunciasse.
Eu não acredito nisso. Até porque o Lula saiu com 87% de aprovação.

Depois, né? Naquele instante, quando Duda Mendonça foi à CPI dizer que tinha sido remunerado no exterior com dinheiro de caixa dois do PT, ninguém imaginava que o Lula iria recuperar a popularidade do jeito que recuperou.
É… Se isso é verdade [a sugestão de Dilma para Lula renunciar], reforça o meu receio.

No cenário atual, que combina crise política com estagnação econômica, denúncias de corrupção e baixa popularidade de Dilma, o que mais atormenta o senhor?
O Brasil está vivendo uma notória insatisfação, não só com o governo. Insatisfação com a falta de utopias, de perspectivas históricas, de ideologias libertárias. Desde 2013, quando houve aquela grande manifestação atípica. Porque não houve nenhum partido, nenhuma liderança, nenhum discurso [em junho de 2013]. E foi uma enorme manifestação em que as pessoas protestavam, havia protesto, mas não havia proposta. Isso chamou muito a minha atenção. E quando –isso é até terapêutico– a gente entra em amargura e não vê solução, não vê saída, a gente não consegue equacionar racionalmente o que está vivendo. Não consegue buscar as causas e as perspectivas. Fica tudo no emocional. Eu tenho dito a amigos que a minha geração viveu grandes divergências políticas na ditadura, mesmo entre a esquerda, divisão se siglas de A a Z. Mas o debate era racional. Debatia-se em cima de projetos, programas, perspectivas históricas. Hoje, o debate é emocional. É como briga de casal em que o amor acabou. Equivale a acelerar o carro no atoleiro de lama: quanto mais acelera, mais se afunda na lama. Estamos vivendo isso.

(…)
Eu li recentemente que o senhor teve uma conversa longa com o Lula…
Sou amigo do Lula, sou amigo da Dilma.

Sim, mas o senhor colocou para eles desse jeito?
Claro, desse jeito. Eu coloco publicamente. Eu fui lá conversar com a Dilma em 26 de novembro, com Leonardo Boff e outros. Entregamos um texto nas mãos dela. Ficamos 1 hora e 10 minutos. Estava ela e [Aloizio] Mercadante (ministro da Casa Civil).

E como eles reagem a esse tipo de crítica?
Eles aceitam. Agradecem: “obrigado por vocês terem vindo aqui, vamos ver se podem voltar em seis meses para conversar”. Mas fica nisso. E depois fazem tudo diferente. Sabe? O que você quer que eu faça? Deite e chore? Foi uma conversa ótima. Aí ela aceitou tudo aquilo, a gente falando da importância de reforma agrária, de quilombos, de povos indígenas, o papel da mulher, programas sociais, não poder fazer cortes em setores como educação e saúde. Aí respondem tudo: “é, é isso mesmo, também estou pensando…” E está lá. O texto está lá, tenho decorado na minha cabeça. Eu tenho uma boa relação com os dois [Dilma e Lula]. Eu falo tudo. Eles aceitam. O Lula também. Às vezes fala que a culpa de não é dele, a culpa é não seu de quem, é do partido, é da Dilma, é da conjuntura; e aí também fala “mas a gente também fez…”.

E continua tudo igual?
Eu tenho uma vantagem que é seguinte: eu sou um um sujeito que tem poucas vaidades. Uma delas é ambição zero. Aliás eu lembrei isso pro Lula. Eu falei: “Lula, você me conheceu em 1979, o padrão de vida que eu tinha é o padrão de vida que eu tenho. Eu moro no mesmo quartinho no convento, se você quiser eu te mostro, moro no mesmo lugar, tenho o mesmo carro Volkswagem, enfim, não mudei nada. Agora, eu fico espantado com companheiros que a gente conheceu lá atrás e que hoje tem um… sabe?”. Então teve um descolamento da base. O PT perdeu os três grandes capitais que ele tinha. Que eram ser o partido dos pobres organizados –porque hoje ele tem eleitores, não tem militantes, ele tem de pagar rapazes e moças desocupadas para segurar bandeirinha na esquina, quando tinha uma militância aguerrida voluntária. Perdeu esse capital. O segundo capital que ele perdeu é o de ser o partido da ética. Não é? A ideia do “não seremos como os demais”. E o terceiro capital era o de ser o partido da mudança da estrutura do Brasil. Não fez nenhuma mudança estrutural. Fez muita coisa? Fez. Programas sociais; Bolsa Família, embora eu discorde –o Fome Zero era emancipatório, foi trocado pelo Bolsa Família, compensatório–; programas da educação; cota; Fies; uma série de coisas excelentes. Política externa nota 10, na minha opinião, mas sem sustentabilidade.

sábado, 8 de agosto de 2015

A história se repete como farsa e tragedia

Capa do jornal O Globo, de 1º de fevereiro de 1964, 
dois meses antes do GOLPE que destruiu o país com o 
apoio amplo, explícito e faceiro das organizações globo, 
que prosperaram loucamente naquelas sombras.

Santa estupidez, Batman!

PT na TV: Programa partidário - 06 de agosto de 2015


“A prisão de Lula é o trofeu que Moro deseja”, diz decano dos criminalistas de SP

Lula
Lula

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Paulo Sérgio Leite Fernandes, decano dos criminalistas de São Paulo aos 79 anos, é um crítico do juiz Sergio Moro e das delações premiadas na Lava Jato.
Para ele, essa prática “foi importada da América do Norte e, na linguagem de beira de cais, é cagüetagem[1]. Delata-se por vários motivos: satisfação econômica, castigo menor, sadismo, ódio, culpas, vingança”
Na ativa desde 1960, Fernandes foi professor de Processo Penal e conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil.
Ele deu um depoimento ao DCM em que explica por quê, em sua opinião, o objetivo final de Moro é Lula:

O Moro não é original na posição em que se põe. Na Antiguidade, você teve centenas de arautos desse estilo, que se colocam como heróis no conflito entre o bem e o mal.
É o chefe da tribo, o pajé, o rei viking que conduz os guerreiros pelos mares revoltos.
Nem sempre acaba bem. O bispo Savonarola, em Florença, fazia essa pregação da imaculabilidade. Quando perdeu o poder, foi-lhe perguntado se queria morrer pela espada ou pela forca. Morreu enforcado e depois seu corpo foi incinerado numa fogueira em praça pública.
Sergio Moro é necessário neste momento. Não digo que isso é bom ou mal. Ele é um personagem da hora. 
Aí temos outro elemento: o povo. O povo, ou parte dele, quer sangue, quer vítimas, como as harpias na Revolução Francesa.
Moro acha que tem de oferecer o sangue que esse povo quer.
A diferença dos tempos antigos é que, hoje, o negócio é mais sofisticado. A Lava Jato, por exemplo, faz algo inominável: algema as pessoas com as mãos para trás.
Qual a finalidade disso?
Para que elas não possam cobrir o rosto, o sinal mais instintivo da vergonha. Trata-se apenas de filhadaputice. 
O objetivo final dele é prender Lula. É o seu trofeu de caça. O juiz se tornou um ícone da política judiciária do Brasil. Foi transformado num símbolo da impecabilidade. Tem, ou acha que tem, esse papel a cumprir.
Ele vai medir os riscos da prisão, obviamente. Precisa das provas adequadas. Um problema, para Moro, seria a revogação da prisão preventiva por falhas processuais.
Se chegar a prender Lula, mesmo com estrutura probatória adequada, há a possibilidade de uma reação enorme da sociedade civil. 
Em sua motivação psicológica de vencer o mal, ou o que acredita ser o mal, ele vai levar tudo isso em consideração. Moro é um obsessivo compulsivo e Lula é o alvo. E qualquer coisa é possível em se tratando de um personagem como este.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

“Saímos de uma era de pacificação para uma era de luta de classes”


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Para Ruy Braga, é guerra de classes
Luciana Genro: ‘Dentro do capitalismo não há como melhorar as condições de vida do povo’
No Diário Liberdade, 26 Julho 2015 02:32
A crise política e econômica que o Brasil vive mostrou que o projeto do PT era claramente um projeto capitalista, segundo a ex-candidata à presidência da República pelo PSOL Luciana Genro. “Está claro que, dentro do capitalismo, não há como melhorar as condições de vida do povo”, disse, em debate promovido pela bancada do PSOL na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, neste sábado.
Discutindo a saída para a crise, Genro afirmou que o arruinamento da política tradicional representada por PT e PSDB, que continham o povo pelo centro, permite a radicalização das massas e uma polarização, possibilitando o crescimento das forças da “esquerda coerente” e da extrema-direita.
Neste sentido, segundo ela, não há uma ofensiva da direita, mas sim uma contra-ofensiva, “porque o avanço nos últimos anos foi da esquerda”, com conquistas do movimento LGBT, negro e feminista.
Por outro lado, o sociólogo e professor da USP Ruy Braga apontou que nos últimos anos, com a chegada do PT ao poder, houve um “amortecimento” da luta de classes, um período de relativa pacificação social apoiada pelo consentimento em alguns setores. Porém, segundo ele, esse período de passividade acabou: “saímos de uma era de pacificação para uma era de luta de classes”.
Ele citou o avanço sobre os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, como o aumento do crédito, a terceirização, o aumento do aluguel, a expulsão do centro para a periferia e o aprofundamento da mercantilização do conhecimento.
Esse cenário econômico reflete a tentativa do imperialismo estadunidense de enfrentar a crise do seu modo, impondo um “neoliberalismo 2.0”, de acordoo com o economista da Unicamp Plínio de Arruda Sampaio Jr, que também participou do debate.
“Isso se manifesta pelos imperativos do ajuste fiscal”, que quer ajustar a sociedade brasileira às exigências do grande capital, primeiro com as privatizações, e depois com o rebaixamento do nível de vida do povo brasileiro, assinalou.
Para ele, enquanto a direita ataca sem medo, a esquerda mostra-se fragmentada, mas pode começar um processo de aglutinação. “Para isso é preciso ter competência e fazer coisas diferentes”, disse. Temos que saber “quais são as tendências efetivas e entender as contradições que mobilizam a luta de classes”.
Segundo o economista, a tarefa estratégica da classe operária e o norte para a esquerda brasileira deve ser impulsionar a transformação profunda, a Revolução Brasileira. “Temos que ter a força política da Revolução”, ou seja, “não podemos cair na armadilha institucional”, afirmou. Para fazer a Revolução Brasileira é preciso superar a teoria e a prática do programa democrático-popular, organizar o povo e dotá-lo de consciência política: “isso significa superar o PT”, completou.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

BRASIL JÁ LIDERA RANKING MUNDIAL DA TRANSPARÊNCIA SOBRE GASTOS PÚBLICOS




Brasil lidera ranking mundial da transparência sobre gastos públicos

"Iniciativas de participação social e acesso à informação levaram o Brasil a receber da ONU o prêmio em gestão pública. O Brasil aparece como líder em transparência sobre gastos públicos ao lado do Reino Unido e à frente dos Estados Unidos.

O Portal acumula mais de 1,9 bilhão de informações

As medidas de aprofundamento da democracia implementadas pelo governo federal levaram o Brasil a liderar, ao lado dos Estados Unidos, uma iniciativa internacional que difunde e incentiva práticas governamentais relacionadas à transparência, ao acesso à informação pública e à participação social.

Lançada em setembro de 2011, a "Parceria para um Governo Aberto" (OGP, do inglês "Open Government Partnership") é um fórum de participação voluntária cujo objetivo é fortalecer políticas nacionais de participação social e transparência, defesa da democracia e respeito aos direitos humanos. A primeira conferência anual da OGP, que reúne 64 países, foi realizada em 2012, em Brasília, sob a presidência dos governos do Brasil e dos Estados Unidos.

Um importante reconhecimento internacional veio em 2014, quando o Brasil recebeu da ONU o prêmio mais importante em gestão pública do mundo. O "United Nations Public Service Awards" foi concedido ao "Fórum Interconselhos", iniciativa que estimula a sociedade a opinar e monitorar a execução dos Planos Plurianuais (PPA).

De acordo com a ONG "Open Knowledge" (Conhecimento Aberto), o Brasil lidera o ranking da transparência de dados sobre gastos do governo federal, ao lado do Reino Unido, e à frente de países como Estados Unidos, Dinamarca, Noruega e Alemanha.

Ferramentas como o "Portal da Transparência" ajudam o Brasil a se destacar nessa área. O Portal, que permite ao cidadão pesquisar e fiscalizar as despesas do governo federal, acumula mais de 1,9 bilhão de informações e já chegou a receber 11 milhões de acessos em um único ano (2013).

Assim como o "Portal da Transparência", a "Lei de Acesso à Informação" (LAI) é também uma ferramenta eficaz de prevenção e combate à corrupção. Entre maio de 2012, data de promulgação da LAI, e julho de 2015, foram registrados cerca de 290 mil pedidos de acesso a informações. Desse total, 98% foram respondidos. O tempo médio de resposta é de 13 dias."

FONTE: do "Portal Brasil". Transcrito no portal "Vermelho"

Afinal, o PT fracassou em que mesmo?



1. Produto Interno Bruto:
2002 – R$ 1,48 trilhões
2013 – R$ 4,84 trilhões

2. PIB per capita:
2002 – R$ 7,6 mil
2013 – R$ 24,1 mil

3. Dívida líquida do setor público:
2002 – 60% do PIB
2013 – 34% do PIB

4. Lucro do BNDES:
2002 – R$ 550 milhões
2013 – R$ 8,15 bilhões

5. Lucro do Banco do Brasil:
2002 – R$ 2 bilhões
2013 – R$ 15,8 bilhões

6. Lucro da Caixa Econômica Federal:
2002 – R$ 1,1 bilhões
2013 – R$ 6,7 bilhões

7. Produção de veículos:
2002 – 1,8 milhões
2013 – 3,7 milhões

8. Safra Agrícola:
002 – 97 milhões de toneladas
2013 – 188 milhões de toneladas

9. Investimento Estrangeiro Direto:
2002 – 16,6 bilhões de dólares
2013 – 64 bilhões de dólares

10. Reservas Internacionais:
2002 – 37 bilhões de dólares
2013 – 375,8 bilhões de dólares

11. Índice Bovespa:
2002 – 11.268 pontos
2013 – 51.507 pontos

12. Empregos Gerados:
Governo FHC – 627 mil/ano
Governos Lula e Dilma – 1,79 milhões/ano

13. Taxa de Desemprego:
2002 – 12,2%
2013 – 5,4%

14. Valor de Mercado da Petrobras:
2002 – R$ 15,5 bilhões
2014 – R$ 104,9 bilhões

15. Lucro médio da Petrobras:
Governo FHC – R$ 4,2 bilhões/ano
Governos Lula e Dilma – R$ 25,6 bilhões/ano

16. Falências Requeridas em Média/ano:
Governo FHC – 25.587
Governos Lula e Dilma – 5.795

17. Salário Mínimo:
2002 – R$ 200 (1,42 cestas básicas)
2014 – R$ 724 (2,24 cestas básicas)

18. Dívida Externa em Relação às Reservas:

2002 – 557%
2014 – 81%

19. Posição entre as Economias do Mundo:

2002 – 13ª
2014 – 7ª

20. PROUNI – 1,2 milhões de bolsas

21. Salário Mínimo Convertido em Dólares:
2002 – 86,21
2014 – 305,00

22. Passagens Aéreas Vendidas:
2002 – 33 milhões
2013 – 100 milhões

23. Exportações:
2002 – 60,3 bilhões de dólares
2013 – 242 bilhões de dólares

24. Inflação Anual Média:
Governo FHC – 9,1%
Governos Lula e Dilma – 5,8%
25. PRONATEC – 6 Milhões de pessoas

26. Taxa Selic:

2002 – 18,9%
2015 – 14,25%

27. FIES – 1,3 milhões de pessoas com financiamento universitário

28. Minha Casa Minha Vida – 1,5 milhões de famílias beneficiadas

29. Luz Para Todos – 9,5 milhões de pessoas beneficiadas


30. Capacidade Energética:
2001 – 74.800 MW
2013 – 122.900 MW

31. Criação de 6.427 creches

32. Ciência Sem Fronteiras – 100 mil beneficiados

33. Mais Médicos (Aproximadamente 14 mil novos profissionais): 50
milhões de beneficiados

34. Brasil Sem Miséria – Retirou 22 milhões da extrema pobreza

35. Criação de Universidades Federais:

Governos Lula e Dilma – 18
Governo FHC – zero

36. Criação de Escolas Técnicas:
Governos Lula e Dilma – 214
Governo FHC – 0
De 1500 até 1994 – 140

37. Desigualdade Social:
Governo FHC – Queda de 2,2%
Governo PT – Queda de 11,4%

38. Produtividade:
Governo FHC – Aumento de 0,3%
Governos Lula e Dilma – Aumento de 13,2%

39. Taxa de Pobreza:

2002 – 34%
2012 – 15%

40. Taxa de Extrema Pobreza:
2003 – 15%
2012 – 5,2%

41. Índice de Desenvolvimento Humano:
2000 – 0,669
2005 – 0,699
2012 – 0,730

42. Mortalidade Infantil:
2002 – 25,3 em 1000 nascidos vivos
2012 – 12,9 em 1000 nascidos vivos

43. Gastos Públicos em Saúde:
2002 – R$ 28 bilhões
2013 – R$ 106 bilhões

44. Gastos Públicos em Educação:
2002 – R$ 17 bilhões
2013 – R$ 94 bilhões

45. Estudantes no Ensino Superior:
2003 – 583.800
2012 – 1.087.400

46. Risco Brasil (IPEA):
2002 – 1.446
2013 – 224

47. Operações da Polícia Federal:

Governo FHC – 48
Governo PT – 1.273 (15 mil presos)

48. Varas da Justiça Federal:
2003 – 100
2010 – 513

49. 38 milhões de pessoas ascenderam à Nova Classe Média (Classe C)

50. 42 milhões de pessoas saíram da miséria



FONTES:

47/48 – http://www.dpf.gov.br/agencia/estatisticas
39/40 – http://www.washingtonpost.com
42 – OMS, Unicef, Banco Mundial e ONU
37 – índice de GINI: http://www.ipeadata.gov.br
45 – Ministério da Educação
13 – IBGE26 – Banco Mundial


Blog de Jorge Furtado

isso é que é crise