domingo, 24 de agosto de 2014

O que eles querem é tirar o Brasil do BRICs. o jeito? CORTAR a reeleição de Dilma e enfiar um governo subserviente aos bancos e ao império.

 
Uma matéria originou uma analise de importância. UM ALERTA a sociedade em geral

Conclamamos aos militantes e a sociedade a ler com atenção e divulgar pautando
:http://www.infomoney.com.br/mercados/eleicoes/noticia/3532036/que-esperar-dilma-aecio-marina-segundo-gustavo-loyola

 Comentário analítico: Por Marcos Rebello - Membro da comunidade de diplomatas do Brasil, Consultor Político.
Ele está apenas explicando o que existe mas não manifesta opinião sobre as consequências de cada um quanto a economia. O que precisa ser feito por esta gente é dizer com todas as letras o que cada um representará em termos de CONTINUIDADE de desenvolvimento e quais são as tendencias de cada candidato na presidência. 

Eu tenho absoluta certeza de que se Aécio ou Marina entrarem haverá de cara um choque de gestão que irá descarrilhar o Brasil para sempre. 
Tipos como Eduardo Gianetti e Armínio Fraga no comando da politica econômica trarão o Brasil de volta ao ciclo especulativo que é a matriz financeira do caos em que está hoje o ocidente - por isso o Mercado de capitais é visivelmente contra Dilma que favorece a NOVA MATRIZ financeira do BRICS que é a salvação do Brasil. Mas nada disso dizem na mídia, claro!
 De fato para estas eleições o que há de mais necessário é um "choque de expectativa". Neste caso a Dilma deve encomendar um plano marqueteiro que crie esta fantasia que tanto gostam para ganhar o segundo mandato, e depois que atire no lixo para continuar com o programa do BRICS!
Do parque industrial brasileiro? No exterior! Foi tudo comprado. A matriz financeira que alimenta isso está completamente falida.
 No mais, a bolsa de valores so ganha na especulação! Por isso quando Dilma sobe nas pesquisas a bolsa cai!
Essa ciranda viciada tem que acabar! Quem tem industria precisa de uma matriz financeira sadia e robusta. Só a politica desenvolvimentista do BRICS consegue impulsuonar isso a partir de agora. A outra é suicídio.
 Ta ... e o ocidente vai importar o que? Com os cortes que fez a Russia em contrapartida às sanções a Europa não vai querer importar coisa alguma. Os EUA estão enforcados e sem saída. A China ainda tem aquele enorme mercado a ser suprido por alguem. Alem do mais o Brasil tem altas chances de fazer parcerias em pesquisas com a China e Russia como alias tem feito vários acordos.
 Agora, o mais interessante é que não se comenta esses acordos com Russia, China e Índia durante a cupula do BRICS em Fortaleza e Brasilia. Isso mostra o que? Que o teto do Brasil está fechado para este tipo de noticias e comentários a fim de faze-lo voltar a ser a mera escora que sempre foi. Marina e Aécio representam este regresso sem sombra de dúvidas.

 De qualquer maneira é só o BRICS que desenvolve. Já a realidade economica atual exige uma coisa: dinamizar os mercados internos. Como o Brasil poderá fazer isso com governos dependentes economicamente de tipos como Fraga e Gianetti? Impossível. Essa gente vai abrir novamente para a especulação para massagear os números e nada mais. Já Marina não tem condições de manter a governabilidade. Sobra quem?
 E repare nisto!
.
De fato parece que os EUA chegaram ao fundo do poço. E se há uma recuperação na economia esta está parecendo tênue porque Wall Street não pode mais ser o indicador. Isto porque ele é totalmente controlado pelos bancos que comandam tudo. Ou seja, os numeros são ficticios no sentido de que os bancos compram e vendem blocos de ações justamente para que exista esta percepção de equilibrio no Mercado e na economia. Este processo é o produto das transações nos "dark pools" controlados exclusivamente pelos maiores bancos dos EUA e da UE. E, diga-se de passagem, este é o jogo atualmente que EXIGE controle tanto financeiro quanto politico. 
Agora coloque o Brasil e estas eleições nesta perspectiva. Repetindo ... quando as pesquisas apontam para uma subida de Dilma a Bovespa cai! E vice-versa. Alias, quem está ligado na economia e nas eleições já deve ter lido que a Bolsa está tomada pelos adeptos dos planos economicos que favorecem a especulação, tanto financeira como imobiliária, amparada por economistas tipo Gianetti e Fraga, ambos com Aécio. Em ourras palavras, um governo que adota programa de economia planejada não tem vez com os especuladores nas bolsas.

O paradoxo da ameba lobotomizada

GilsonSampaio

Minha ameba lobotomizada mandou  e eu que não sou besta nem nada vou publicar ipsis literis o que ela mandou. Vamos lá.

“Sei que minha pergunta não será feita a nenhum/a postulante viável à presidência, em nenhum debate, em nenhuma entrevista, mas nem por isso vou me calar:

Metade do orçamento é reservado para o pagamento do serviço da dívida pública que enriquece mais e mais os agiotas  internacionais e os ricos brasileiros comedores de juros, enquanto o cardápio surrado de todas as eleições, saúde e educação, sangram continuamente.

Quem de vocês, candidatas e candidatos, tem coragem e disposição para acabar com essa exploração da canalha bancária e propor um auditoria da dívida pública?”

Tá posto o paradoxo da ameba.


Também acho que não ouviremos nenhuma resposta.

Por que os jornalistas falam baixo com banqueiros?

Neca
Neca
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Tivemos, nos últimos dias, diferentes amostras de entrevistas.
Um estilo agressivo foi usado por Bonner no Jornal Nacional. Perguntas incisivas, duras, em certos momentos impiedosas.
Um estilo quase oposto – domesticado, digamos assim – foi usado por Fernando Rodrigues, da Folha, para entrevistar a banqueira Neca Setúbal.
Há uma curiosa inversão de expectativas: a Globo costuma ser boazinha nas entrevistas e a Folha gosta de ser dura, por entender que isso é bom para sua imagem.
Numa demonstração recente disso, o jornalista Fernando Barros e Silva, da escola da Folha e hoje na Piauí, perguntou a Aécio no Roda Viva se ele é usuário de cocaína.
Em favor de Fernando Rodrigues, é preciso reconhecer que poucas coisas são mais complicadas para um jornalista do que lidar com banqueiros.
Os bancos são grandes anunciantes – e muitas vezes também grandes credores – das empresas de jornalismo.
Como diretor de redação da Exame, vivi uma situação exemplar.
O excelente jornalista José Fucs, editor de Finanças da revista, fez uma capa brilhante sobre os irmãos Safras.
O extraordinário talento dos Safras para fazer dinheiro estava lá, no texto de Fucs. Mas também o pavor sôfrego que os Safras inspiravam nos executivos do banco.
Era um dos piores lugares para você trabalhar. Executivos graduados e muito bem pagos se comportavam como meninos atemorizados diante dos patrões.
No dia do fechamento da revista, Roberto Civita ligou para a redação, o que era raríssimo. Queria saber se estávamos dando uma capa sobre os Safras.
Sim, estávamos. Pediu para ler, coisa ainda mais rara. Disse que logo devolveria a matéria.
Bem, jamais ela foi devolvida.
Tivemos que improvisar outra capa. Soube depois que um dos irmãos Safras telefonara para Roberto pedindo sua intervenção.
O Safra era um dos maiores credores da Abril, num momento particularmente complicado para a empresa na questão das dívidas.
É a vida como ela é nas redações.
Todo jornalista experiente sabe disso.
Fernando Rodrigues enquadra-se nesta categoria. Ele em certos momentos parecia quase um contínuo do Itaú, numa posição subserviente.
E Neca, inteiramente à vontade, parecia saber do poder que banqueiros têm sobre os jornalistas.
Como é um bom jornalista, Rodrigues perguntou se não haveria conflito de interesses na relação de Neca com Marina no caso de vitória desta.
Isto porque a Receita Federal cobra do Itaú quase 19 bilhões de reais por conta de dinheiro supostamente não recolhido na fusão com o Itaú.
Neca deixou escapar, automaticamente, uma careta de desagrado.
Depois, disse que não, que não havia conflito, já que ela não ocupa posição executiva no banco. Conflito, acrescentou ela, houve no passado quando seu pai, Olavo Setúbal, pertencia ao Conselho Monetário Nacional, que determinava as taxas de juros. (Naqueles dias, Roberto Marinho indicava a presidentes que iam beijar suas mãos em busca de apoio o ministro das Comunicações, que deveria arbitrar o mercado das emissoras.)
O assunto morreu ali.
Em outras circunstâncias, Fernando Rodrigues poderia ter dito: “Reparei que a senhora não gostou da menção aos quase 19 bilhões. Por quê?”
Mas não.
Era mais prudente parar por ali, Rodrigues sabia.
E então voltamos a Bonner.
Se um dia ele entrevistar Neca Setúbal, tenha certeza de uma coisa: seu tom vai ser muito diferente do que adotou nas sabatinas com os candidatos.

Junção de socialista com banqueira propõe Banco Central autônomo


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Antes de votar em Marina, você precisa conhecer Neca – e fazer a pergunta de R$ 18 bilhões
por André Forastieri, no R7
Você precisa conhecer Neca. Ela é a coordenadora do programa de governo de Marina Silva, pela Rede Sustentabilidade, ao lado de Mauricio Rands, do PSB. O documento será divulgado na semana que vem, 250 páginas consensadas por Marina e Eduardo Campos. Educadora, com longo histórico de obras sociais, Neca conheceu Marina em 2007. É uma das idealizadoras e principais captadoras de recursos da Rede Sustentabilidade.
Sua importância na campanha e no partido de Marina Silva já seria boa razão para o eleitor conhecê-la melhor. Ainda mais após a morte de Eduardo Campos. Mas há uma razão bem maior. Neca é o apelido que Maria Alice Setúbal carrega da infância. Ela é acionista da holding Itausa. Você pode conferir a participação dela neste documento do Bovespa. Ela tem 1,29% do capital total. Parece pouco, mas o valor de mercado da Itausa no dia de ontem era R$ 61,4 bilhões. A participação de Maria Alice vale algo perto de R$ 792 milhões.
A Itausa controla o banco Itaú Unibanco, o banco de investimentos Itaú BBA, e as empresas Duratex (de painéis de madeira e também metais sanitários, da marca Deca), a Itautec (hardware e software) e a Elekeiroz (gás). Neca herdou sua participação do pai, Olavo Setúbal, empresário e político. Foi prefeito de São Paulo, indicado por Paulo Maluf, e ministro das relações exteriores do governo Sarney. Olavo morreu em 2008. O Itaú doou um milhão de reais para a campanha de Marina Silva em 2010.
Em agosto de 2013 — portanto, no governo Dilma Rousseff — a Receita Federal autuou o Itaú Unibanco. Segundo a Receita, o Itaú deve uma fortuna em impostos. Seriam R$ 18,7 bilhões, relativos à fusão do Itaú com o Unibanco, em 2008. O Itaú deveria ter recolhido R$ 11,8 bilhões em Imposto de Renda e R$ 6,8 bilhões em Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. A Receita somou multa e juros.
R$ 18 bilhões é muito dinheiro. É difícil imaginar que a Receita tirou um valor desse tamanho do nada. É difícil imaginar uma empresa pagando uma multa que seja um terço disso. Mas embora o economista-chefe do Itaú esteja hoje no jornal dizendo que o Brasil viveu um primeiro semestre de “estagnação”, o Itaú Unibanco lucrou R$ 4,9 bilhões no segundo trimestre de 2014, uma alta de 36,7%. No primeiro semestre, o lucro líquido atingiu R$ 9,318 bilhões, um aumento de 32,1% em relação ao primeiro semestre de 2013. O Unibanco vai muitíssimo bem. E gera, sim, lucro para pagar os impostos e multa devidos – ainda que em prestações.
A autuação da Receita foi confirmada em 30 de janeiro de 2014 pela Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento. O Itaú informou que iria recorrer desta decisão junto ao Conselho Administrativo de Recursos fiscais. Na época da autuação, e novamente em janeiro, o Itaú informou que considerava  “remota” a hipótese de ter de pagar os impostos devidos e a multa. Mandei um email hoje para a área de comunicação do Itaú Unibanco perguntando se o banco está questionando legalmente a autuação, e pedindo detalhes da situação. A resposta foi: “Não vamos comentar.”
O programa de governo de Marina Silva, que leva a assinatura de Maria Alice Setúbal, merece uma leitura muito atenta, à luz de sua participação acionária no Itaú. Um ano atrás, em entrevista ao Valor, Neca Setúbal foi perguntada se participaria de um eventual governo de Marina. Sua resposta: “Supondo que Marina ganhe, eu estarei junto, mas não sei como. Talvez eu preferisse não estar em um cargo formal, mas em algo que eu tivesse um pouco mais de flexibilidade.”
Formal ou informal, é muito forte a relação entre Neca e Marina. Uma presidenta não tem poder para simplesmente anular uma autuação da Receita. Mas tem influência. E quem tem influência sobre a presidenta, tem muito poder também. Neca Setúbal já nasceu com muito poder econômico, que continua exercendo. Agora, pode ter muito poder político. É um caso de conflito de interesses? Essa é a pergunta que vale R$ 18,7 bilhões de reais.
PS do Viomundo: Êta Brasil velho de guerra. A candidata do Partido Socialista Brasileiro (PSB) se junta com a banqueira que, em entrevista à Folha, prega autonomia do Banco Central, ou seja, que o Banco Central responda a banqueiros como ela e não à soberania popular, que é a base da ideia socialista. Falta inventar alguma coisa na política brasileira?

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Multilaser pagou cartazes para ter vaia a Dilma na Copa


cartaz
 por Fernando Brito, do Tijolaço
“Éticos” da direita paulista pagaram cartazes anônimos para ter vaia a Dilma no Itaquerão
Depois de quase três meses em sigilo, ficamos sabendo, pelo Estadão, que 20 mil  cartazes foram distribuídos à entrada do Itaquerão, na abertura da Copa, atacando e pedindo manifestações contra Dilma Rousseff.
O apelo era explícito: “Na hora do Hino Nacional abra este cartaz e mostre para todos que está na hora do Brasil  vencer de verdade”.
Foram pagos pela empresa Multilaser, pertencente a Alexandre Ostrowiecki e Renato Feder.
Dois yuppies que, imaginem só, mantêm um site em que avaliam a eficiência e a ética dos políticos.
É claro que  quase só entram ali os parlamentares de direita ou os que se dizem de esquerda mas, na prática, acompanham as políticas da direita.
Então foi assim que se preparou a “manifestação espontânea” de grosseria no jogo inaugural da Copa?
É assim que dois empresários que, inclusive, gozam de incentivos fiscais, gastam o dinheiro que a União deixa de recolher em impostos?
Porque quem pagou não foram eles, do bolso próprio, mas a empresa.
Com direito a abater nos impostos que ambos maldizem.
A empresa, aliás, não deve ter do que reclamar dos impostos, pois diz o Estadão que “segundo balanço de demonstrações financeiras da Multilaser publicado no Diário Oficial de 27 de março, o item “reserva de lucros” aumentou de R$ 51 milhões em 2012 para R$ 128 milhões em 2013″.
Um crescimento nada mau de 151% nos ganhos dos pobres coitados que dizem estão carregando o Estado brasileiro nas costas.
Mais cara de pau, só a da nossa imprensa, que  tinha um esquadrão de repórteres pronto para encontrar qualquer montinho de terra que ajudasse a dizer que a festa era um desastre, mas não foi capaz de ver a distribuição de milhares de cartazes que, é só olhar, não tinham nada de espontâneos.
***
Via e-mail, o leitor El Cid nos mandou as imagens (abaixo) do Diário Oficial da União com a aprovação de projeto da Multilaser. “Cospem no prato que comeram”, detonou.

Portaria Multilaser -003
Portaria Multilaser - 02 (2)

O estranho caso do habeas corpus de Gilmar Mendes para Roger Abdelmassih

Abdelmassih
Abdelmassih
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Algumas das mulheres estupradas pelo médico Roger Abdelmassih, preso ontem no Paraguai, devem representar contra Gilmar Mendes na Corte Internacional.
Uma delas, ao recebê-lo no aeroporto, avisou, dirigindo-se às câmeras de TV: “Não tem ministro que vai tirar você daqui”.
Abdelmassih foi condenado a 278 anos de prisão pela Justiça criminal de São Paulo em novembro de 2010, acusado de 52 estupros de suas próprias clientes. Estava detido.
Gilmar, então presidente do STF, entendeu que ele deveria recorrer em liberdade da sentença porque não representava perigo. Já tinha o registro cassado, não podia mais exercer a profissão e, portanto, não teria como continuar cometendo o crime.
No início de 2011, Abdelmassih era um foragido.
Gilmar é o mesmo que considerou “estranho” o episódio das doações feitas para pagar multas dos réus do mensalão. “Imagino que os militantes se disponham a cumprir alguns dias nos presídios”, disse, em resposta a uma carta de Suplicy.
Em matéria de estranheza, ele possui antecedentes. Concedeu habeas corpus a Daniel Dantas, preso pela Polícia Federal no caso Satiagraha em 2008.
Fez o mesmo com Cristina Maris Meinick Ribeiro, condenada por sumir com o processo de sonegação fiscal da Receita Federal contra a Globo.
Em maio de 2010, o habeas corpus de Abdelmassih fora negado pela ministra Ellen Gracie. Gilmar, porém, cravou que não havia elementos “concretos e individualizados, aptos a demonstrar a necessidade da prisão cautelar do ora paciente”.
A escritora Teresa Cordioli, vítima do médico nos anos 70, não perdoa o juiz. “O maior estupro foi feito pelo Gilmar Mendes, que o soltou. Aí nós criamos mais força na busca”, disse.
Gilmar nunca se manifestou sobre o episódio Roger Abdelmassih. Até agora, pelo menos.

Outro Acidente de Avião Suspeito e os Interesses dos EUA e Globalistão de Soros na América Latina

Wayne Madsen, Strategic Culture
Eduardo Campos e Marina Silva 
As eleições presidenciais no Brasil marcadas para outubro estavam sendo dadas como resolvidas, com a reeleição da atual presidenta Dilma Rousseff. Isso, até a morte, num acidente de avião, de um candidato absolutamente sem brilho ou força eleitoral próprios, economista e ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Dia 13/8, noticiou-se que o avião que levava Campos – candidato de centro, pró-business, que ocupava o 3º lugar nas pesquisas, atrás até do candidato do partido mais conservador (PSDB), Aécio Neves, também economista e defensor da ‘'austeridade'’ – espatifara-se numa área residencial de Santos, no estado de São Paulo, Brasil. Campos era candidato do Partido Socialista Brasileiro, antigamente da esquerda, mas hoje já completamente convertido em partido pró-business.
Como aconteceu nos partidos trabalhistas da Grã-Bretanha, da Austrália e Nova Zelândia, nos liberais e novos partidos democráticos canadenses, e no Partido Democrata dos EUA, interesses corporativos e sionistas infiltraram-se também no Partido Socialista Brasileiro e o converteram num partido da “Terceira Via”, pró-business e só muito fraudulentamente ainda denominado partido “socialista”.
Já é bem visível que os EUA tentam desestabilizar o Brasil, desde que a Agência de Segurança Nacional dos EUA espionou correspondência eletrônica e conversações telefônicas da presidenta Dilma Rousseff do Partido dos Trabalhadores (PT) e vários de seus ministros, o que levou ao cancelamento de uma visita de estado que Rousseff faria a Washington; e com o Brasil hospedando o presidente russo Vladimir Putin e outros líderes do bloco econômico dos BRICS em recente encontro de cúpula em Fortaleza.
Dilma, Aécio e Campos (e Marina) em maio/2014 
O Departamento de Estado dos EUA e a CIA só fazem procurar pontos frágeis no tecido social do Brasil de Rousseff, para criar aqui as mesmas condições de instabilidade que fomentaram em outros países na América Latina (Venezuela, Equador, Argentina – na Argentina mediante bloqueio de créditos para o país, em operação arquitetada por Paul Singer, capitalista-abutre sionista) – e na Bolívia.
Mas Rousseff, que antagonizou Washington ao anunciar, com outros líderes BRICS em Fortaleza, o estabelecimento de um banco de desenvolvimento dos países BRICS, para concorrer contra o Banco Mundial (controlado por EUA e União Europeia) parecia imbatível nas eleições de reeleição. A atual presidenta era, sem dúvida, candidata ainda imbatível quando, dia 13 de agosto, Campos e quatro de seus conselheiros de campanha, além do piloto e copiloto, embarcaram no avião Cessna 560XL, que cairia em Santos, matando todos a bordo.
A queda do avião empurrou para a cabeça da chapa do PS a candidata que concorria como vice-presidente, Marina Silva. Em 2010, Silva recebeu inesperados 20% dos votos à presidência, como candidata de seu Partido Verde. Esse ano, em vez de concorrer sob a legenda de seu partido, Marina optou por agregar-se à chapa pró-business, mas ainda dita “socialista” de Campos. Hoje, Marina já está sendo apresentada – talvez com certo exagero muito precipitado! – como melhor aposta para derrotar Rousseff nas eleições presidenciais de outubro próximo.
Marina, que é pregadora cristã evangélica em país predominantemente cristão católico romano, também é conhecida por ser muito próxima da infraestrutura da “sociedade civil” global e dos grupos de “oposição controlada” financiados por George Soros, capitalista e operador de hedge fund globais. Conhecida por sua participação nos esforços para proteção da floresta amazônica brasileira, Marina tem sido muito elogiada por grupos do ambientalismo patrocinado pelo Instituto Open Society [Sociedade Aberta], de George Soros. A campanha de Marina, como já se vê, está repleta de palavras-senha da propaganda das organizações de Soros: “sociedade sustentável”, “sociedade do conhecimento” e “diversidade”.
Marina Silva - Olimpíadas de Londres/2010
Marina exibiu-se ao lado da equipe do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres em 2012. O ministro dos Esportes do Brasil, Aldo Rebelo, disse que a exibição de Marina naquela cerimônia havia sido aprovada pela Família Real Britânica, e que ela “sempre teve boas relações com a aristocracia europeia”.
Marina também apoia com muito mais empenho que Rousseff as políticas de Israel para a Palestina. Como se vê também nas Assembleias de Deus de cristãos pentecostais, Marina participa de uma facção religiosa que acolhe, não raro nas posições de comando organizacional, membros do movimento mundial dos “Cristãos Sionistas”, tão avidamente pró-Israel quanto organizações de judeus sionistas como B'nai B'rith e o World Jewish Congress. As Assembleias de Deus creem no seguinte, sobre Israel:
Segundo a Escritura, Israel tem importante papel a cumprir no fim dos tempos. Por séculos, estudiosos da Bíblia ponderaram sobre a profecia de uma Israel restaurada. “Eis o que diz o Senhor Soberano: Tirarei os israelitas das nações para as quais foram. Reuni-los-ei de todas as partes e os porei juntos na sua própria terra”. Quando o moderno estado de Israel foi criado em 1948, e os judeus começaram a ir para lá, de todos os cantos do mundo, os estudiosos da Bíblia viram ali a mão de Deus em ação; e que nós viveremos lá os últimos dias.
Em 1996, Marina recebeu o Prêmio Ambiental Goldman, criado pelo fundador da Empresa Seguradora Goldman, Richard Goldman e sua esposa, Rhoda Goldman, uma das herdeiras da fortuna da empresa de roupas Levi-Strauss.
Em 2010, Marina foi listada, pela revista Foreign Policy, editada por David Rothkopf, do escritório de advogados Kissinger Associates, na lista de “principais pensadores globais”.
O mais provável é que jamais se conheçam todos os detalhes do acidente que matou Campos. Participam hoje das investigações sobre o acidente a National Transportation Safety Board (NTSB) e a Federal Aviation Administration, do governo dos EUA. Membros dessas duas organizações com certeza serão informados do andamento das investigações e passarão tudo que receberem para agentes da CIA estacionados em Brasília, os quais tudo farão para ter o título “Trágico Acidente” estampado no relatório final.
A CIA sempre conseguiu encobrir sua participação em outros acidentes de avião na América Latina que eliminaram opositores do imperialismo norte-americano naquela parte do mundo. Dia 31/7/1981, o presidente Omar Torrijos, do Panamá, morreu quando o avião da Força Aérea panamenha no qual viajava caiu perto de Penonomé, Panamá. Sabe-se que, depois que George H. W. Bush invadiu o Panamá em 1989, os documentos da investigação sobre o acidente, que estavam em posse do governo do general Manuel Noriega foram confiscados por militares norte-americanos e desapareceram.
Super King Air- 200, Beechcraft
Dois meses antes da morte de Torrijos, o presidente Jaime Roldós do Equador, líder populista que se opunha aos EUA, havia também morrido num acidente de avião: seu avião Super King Air (SKA), operado como principal aeronave de transporte oficial pela Força Aérea do Equador, caiu na Montanha Huairapungo na província de Loja. No avião, também viajavam a Primeira-Dama do Equador, e o Ministro da Defesa e esposa. Todos morreram na queda do avião. O avião não tinha Gravador de Dados do Voo, equipamento também chamado de “caixa preta”. A polícia de Zurique, Suíça, que conduziu investigação independente, descobriu que a investigação feita pelo governo do Equador encobria falhas graves. Por exemplo, o relatório do governo do Equador sobre a queda do SKA, não mencionava que os motores do avião estavam desligados quando a aeronave colidiu contra a parede da montanha.
Cessna Citation 560XL
Como o avião de Roldós, o Cessna de Campos também não tinha gravador de dados de voo. Além disso, a Força Aérea Brasileira anunciou que duas horas de conversas gravadas pelo gravador de voz da cabine de voo do Cessna em que viajava Campos não incluem qualquer conversa entre o piloto, copiloto e torre de controle naquele dia 13 de agosto. O gravador de voz da cabine a bordo do fatídico Cessna 560XL foi fabricado por L-3 Communications, Inc.de New York City. Essa empresa L-3 é uma das principais fornecedoras de equipamento de inteligência e espionagem para a Agência de Segurança Nacional dos EUA, a mesma empresa que fornece grande parte das capacidades de escuta de seu cabo submarino, mediante contrato entre a ASN (Agência de Segurança Nacional – NSA em inglês) e a Global Crossing, subsidiária da L-3.
Embora Campos não fosse inimigo dos EUA, sua morte em circunstâncias suspeitas, apenas poucos meses antes da eleição presidencial, substituído, como candidato, por elemento importante na infraestrutura política coordenada por George Soros, cria alguma dificuldade eleitoral para a presidenta Rousseff, que Washington, sem dúvida possível, vê como adversária.
A "pedra no sapato" de Soros, da CIA e dos EUA
Os EUA e Soros pesquisam já há muito tempo várias vias para invadir e desmontar, por dentro, o grupo das nações BRICS. A tentativa de Soros-CIA para pôr na presidência da China um homem como Bo Xilai foi neutralizada, porque os chineses conseguiram capturá-lo e condená-lo por corrupção, antes.
Com Rússia e África do Sul absolutamente inacessíveis para esse tipo de ardil, restam Índia e Brasil, como alvos dos esforços da CIA e de Soros para fazer rachar e desmontar o grupo BRICS. Embora o governo do direitista Narendra Modi na Índia esteja apenas começando, há sinais de que pode vir a ser a cunha de que os EUA precisam para desarticular os BRICS. Por exemplo, a nova Ministra de Relações Exteriores da Índia, Sushma Swaraj, é conhecida como empenhada e muito comprometida aliada de Israel.
Outubro de 2013 - cria-se o "Cavalo de Tróia"
No Brasil, hoje governado por Rousseff, a melhor oportunidade para infiltrar no governo um dos “seus” parece ser, aos olhos da CIA e Soros, a eleição de Marina Silva. Seria como um “Cavalo de Tróia” infiltrado no comando de um dos países do grupo BRICS, em posição para atacar por dentro aquele bloco econômico, mais importante a cada dia.
A queda do avião que matou Eduardo Campos ajudou a empurrar para muito mais perto do Palácio da Alvorada, em Brasília, uma agente-operadora dos grupos financiados por George Soros.
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[*] Wayne Madsen é jornalista investigativo, autor e colunista. Tem cerca de vinte anos de experiência em questões de segurança. Como oficial da ativa projetou um dos primeiros programas de segurança de computadores para a Marinha dos EUA. Tem sido comentarista frequente da política de segurança nacional na Fox News e também nas redes ABC, NBC, CBS, PBS, CNN, BBC, Al JazeeraStrategic Culture e MS-NBC. Foi convidado a depor como testemunha perante a Câmara dos Deputados dos EUA, o Tribunal Penal da ONU para Ruanda, e num painel de investigação de terrorismo do governo francês. É membro da Sociedade de Jornalistas Profissionais (SPJ) e do National Press Club. Reside em Washington, DC.

SE TÁ AGRADANDO BANQUEIRO É PORQUE VAI F.... COM O POVO!!!!


247 – Madrinha de Marina Silva, Maria Alice Setubal, a Neca, coordenadora do programa de governo do PSB, minimiza a falta de experiência da candidata e sinaliza aproximação com o mercado.
Em entrevista à Folha, ela afirma que a presidenciável manterá os compromissos feitos anteriormente por Eduardo Campos a respeito de conceder autonomia formal, por lei, ao Banco Central. Diz que, ao longo da campanha, mais economistas "estarão se aproximando".
“Hoje, temos uma presidente cujo perfil é de gestão, pragmático, racional. Talvez o oposto da Marina. E o resultado que nós temos é bastante insatisfatório. Toda essa fala da Dilma gestora se desfez ao longo de quatro anos. O mercado visualizando as pessoas que estão ao lado dela vai ter muito mais segurança. Ela já tem vários economistas. Terá outras, mais operadoras", afirma.
Neca disse que a meta de inflação num eventual governo Marina permanecerá em 4,5%, com foco em chegar a 3% a partir de 2019.
Quanto à gestão de Dilma Rousseff, avalia que a petista "tem uma incapacidade de ouvir. Desagrega" (leia mais).

Lula Manda Recado Pro PIG, Na Jugular!


quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Uma explicação para a postura imperial de William Bonner


por Luiz Carlos Azenha
Trata-se de um simulacro de jornalismo, que nem original é. Nos Estados Unidos, muitos âncoras se promoveram com agressividade em suposta defesa do “interesse público”. Eu friso o “suposta”. Lembro-me de um, da CNN, que fez fama atacando a “invasão do país por imigrantes ilegais”. Hoje muitos âncoras do jornalismo policial fazem o mesmo estilo, como se representassem a sociedade contra o crime.
William Bonner está assumindo o papel de garoto-propaganda da criminalização da política. Ao criminalizar a política, fazendo dela algo sujo e com o qual não devemos lidar, ganham as grandes corporações midiáticas. Quanto mais fracas forem as instituições, mais fortes ficam as empresas jornalísticas para extrair concessões de todo tipo — do Executivo, do Legislativo, do Judiciário.
A postura supostamente independente de Bonner, igualmente agressivo com todos os candidatos, faz parecer que as Organizações Globo pairam sobre a política, que nunca apoiaram a ditadura militar, nem tentaram “ganhar” eleições no grito. Que os irmãos Marinho não fazem politica diuturnamente, com lobistas em Brasília. Que os irmãos Marinho não tem lado, não fazem escolhas e nem defendem com unhas e dentes, se preciso atropelando as leis, os seus interesses. Como em “multa de 600 milhões de reais” por sonegar impostos na compra dos direitos de televisão das Copas de 2002 e 2006 (veja aqui, aqui e aqui).
A agressividade de Bonner também ajuda a mascarar onde se dá a verdadeira manipulação da emissora, nos dias de hoje: na pauta e no direcionamento dos recursos de investigação de que a Globo dispõe. Exemplo: hoje mesmo, no Bom Dia Brasil, uma dona-de-casa do interior de São Paulo explicava como está fazendo para economizar água.
A emissora não teve a curiosidade de explicar que a seca que afeta milhões no Estado não é apenas um problema climático, resulta também de falta de investimentos do governo de Geraldo Alckmin, que beneficiou acionistas da Sabesp quando deveria ter investido o dinheiro no aumento da capacidade de captação de água. Uma pauta complicada, não é mesmo?
A não ser que eu esteja enganado, a Globo não deslocou um repórter sequer para visitar o aeroporto de Montezuma, que Aécio Neves mandou reformar quando governador de Minas Gerais perto das terras de sua própria família. Vai ver que faltou dinheiro.
Tanto Alckmin quanto Aécio são tucanos. Na entrevista com Dilma, Bonner listou uma série de escândalos. Não falou, obviamente, de escândalos relacionados à iniciativa privada, nem em outras esferas de governo. Dilma poderia muito bem tê-lo lembrado disso, deixando claro que a corrupção é uma praga generalizada, inclusive na esfera privada, envolvendo entre outras coisas sonegação gigantesca de impostos. Mas aí já seria coisa para o Leonel Brizola.
Leia também:
O riso nervoso da mídia: Marina pode provocar hecatombe tucana no primeiro turno

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Oito frases marcantes da trajetória de Fidel

Nesta quarta-feira (13), dia em que Fidel Castro completa 88 anos, Opera Mundi seleciona oito frases ditas pelo histórico líder cubano desde antes da revolução, em 1959, até seu mais recente artigo, publicado há uma semana.
1) 1953: "Me condenem, não importa. A história me absolverá."

Em 16 de outubro de 1953, o jovem advogado Fidel Castro pronunciava ele mesmo sua própria defesa, após ser preso pelo assalto ao quartel Moncada; quando tentou derrubar o então presidente e ditador Fulgêncio Batista.
2) 1959: "Não estou pensando em cortar a minha barba, porque estou acostumado assim e a minha barba tem alguns significados em meu país."

Ainda em 1959, apenas 30 dias após a revolução, Castro concede entrevista ao jornalista norte-americano Edward Murrow, da rede CBS

3) 1961: "Uma revolução não é um mar de rosas. É uma luta de morte entre o futuro e o passado."

Discurso pronunciado por Fidel Castro em 2 de janeiro de 1961, por ocasião do segundo aniversário da revolução cubana

4) 1979: "Chega já dessa ilusão de que os problemas do mundo podem ser resolvidos com armas nucleares! As bombas poderão até matar os famintos, os enfermos e os ignorantes, mas não podem matar a fome, as enfermidades e a ignorância."

Discurso pronunciado por Fidel na ONU (Organização das Nações Unidas) em 1979, como líder do Movimento dos Países Não-Alinhados

5) 1985: "As ideias não precisam de armas, na medida em que sejam capazes de conquistar as grandes massas.

Discurso pronunciado por Fidel Castro em 3 de agosto de 1985, na sessão de encerramento do encontro sobre a dívida externa da América Latina e do Caribe
6) 2000: "Cheguei à conclusão, talvez tarde demais, de que os discursos devem ser curtos."

Frase dita por Fidel Castro em agosto de 2000
7) 2014: "Um homem com bondade de criança e talento cósmico."

Fidel Castro sobre seu amigo e escritor Gabriel García Márquez, morto em 2014
8) 2014: "Penso que uma nova e repugnante forma de fascismo está surgindo com notável força neste momento da história humana."
Trecho de artigo publicado por Fidel Castro em 5 de agosto de 2014, intitulado "Holocausto palestino em Gaza"
(*) As imagens selecionadas não correspondem, necessariamente, às datas em que as frases foram ditas.

Olhe o Cantareira. É isso que a “guerra da água” esconde e a Globo não mostra.


doiscantareiras

A montagem fotográfica aí de cima é feita com imagens registradas no dia 17 de maio, quando começou o bombeamento de água do Cantareira (Folhapress) e dia 11 de agosto (R7).
Não é preciso que eu descreva.
Nem é preciso que você meça para avaliar se ainda há, como diz a Sabesp, 30 bilhões de litros a serem extraídos daí, o que implicaria que este canal remanescente, que melhor seria chamado de valão,  tivesse 2,5 metros de profundidade e tivesse o que alimentá-lo de água.
Enquanto isso está acontecendo agora, o que você lê nos jornais é a falsa “guerra” entre São Paulo e Rio por uma água que não tem como chegar aos paulistas.
A “guerra da água” é uma simples e suja operação de propaganda diversionista, para que não se veja a realidade.
Essa imagem aí de cima (ou a que coloco no post abaixo) não está nas primeiras páginas e muito menos nas reportagens da TV Globo.
Por que não?
Por que é chocante?
Por que mostra a verdade?
Por que é preciso preservar o QG tucano em São Paulo.
Será que os “blogs sujos” é que terão de arrumar uma câmera e ir gravar o que não se mostra às pessoas?
Há alguma desculpa para a “seca” de imagens que mostrem isso, enquanto se fala em “autorização para a segunda cota do volume morto”?
Que segunda cota?
r7

Quando um Mustang não é apenas um Mustang

mustang

Esse filme você já viu. Em mais um caso de carrão de bacana contra veículo frágil pilotado por alguém não tão bacana, a frase da irmã da vítima é a que melhor reflete a situação. “Eu queria que a mãe dele (motorista) soubesse que se fosse o contrário e meu irmão atropelasse o filho dela, ele estaria preso.” Alguém duvida? Alguém discorda?
Aroldo Pereira Oliveira tinha 30 anos, trabalhava como motorista durante o dia e no check-in do aeroporto de Congonhas à noite. Sua jornada era das 6h às 23h todos os dias. Na manhã de sexta-feira, já chegando ao local de sua primeira ocupação, no rico Itaim Bibi, Aroldo teve sua moto atingida por um Mustang avaliado em 200 mil reais, conduzido por Fabio Alonso que voltava da balada e fugiu sem prestar socorro. Aroldo morreu.
São muitos os casos emblemáticos e semelhantes. No ano passado o estudante Alex Kozloff Siwek igualmente vindo da balada atropelou, na ciclovia da avenida Paulista, o pintor de paredes David Santos decepando-lhe o braço (que foi tenebrosamente jogado num rio). Era uma manhã de domingo e enquanto um voltava para casa curar a ressaca o outro estava indo trabalhar.
Quando soube que Alex não iria a júri popular, Davi revoltou-se. “Achava que a lei ficaria do meu lado, mas ela ficou do lado dele. É uma injustiça e uma incompetência da Justiça. Só alimenta a impunidade para pessoas que cometem crime no trânsito. No final, elas saem pagando uma cesta básica. É muito injusto, não só comigo, mas com outras vítimas de acidente de trânsito.”
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Em junho deste ano Alex Kozloff Siwek foi condenado a seis anos de prisão em regime semi-aberto mas poderá recorrer em liberdade.
Bom, aconteceu de novo e a alusão às cestas básicas também se repetiu. A mãe de Aroldo (atropelado e morto pelo Mustang), disse que a vida do filho “não é uma cesta básica”, em referência a uma possível pena alternativa.
Por que tanta desconfiança com a seriedade da justiça? Porque ela não é imparcial nesses casos.
A ocorrência retrata a desigual batalha entre as classes alta e média contra os de baixa renda que tem nos acidentes de trânsito sua mais perfeita tradução. Como disse Adriana Peccora, irmã de Aroldo, se a situação fosse inversa o desfecho seria diferente.
As penas para os acidentes de trânsito precisam parar de priorizar modelo e ano de fabricação do veículo e sim atentar para a gravidade e grau de prejuízo causado. Enquanto algumas famílias perdem seus arrimos, outras ficam em casa curando a ressaca.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

O Brasil deve desculpas a José Genoíno


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Por Paulo Moreira Leite

Basta recordar que a mais confortável e limpa prisão do mundo não deixa de ser uma jaula, onde observamos leões, tigres, gorilas e outros animais em passos infinitos entre a parede e a grade, para reconhecer que o regime aberto conquistado por José Genoíno deve ser celebrado. Não se deve exagerar nos festejos, porém.
A volta para casa garante uma impressão de normalidade a uma história absurda de perseguição e injustiça. A esperança da família, ontem, era garantir que ele pudesse ser libertado ainda hoje, para poder passar o Dia dos Pais com filhos e netos.
O fato é que Genoíno nunca deveria ter sido condenado. Muito menos preso. Na cadeia, com um implante de 15 cm na aorta, deveria ter sido liberado após o primeiro exame médico para cumprir pena sob prisão domiciliar. Depois que isso aconteceu, não poderia ter sido mandado de volta. Nem deveria ter o pedido de prisão domiciliar negado, mais uma vez.
Nenhuma das autoridades que podiam libertar ou prender Genoíno nunca deixaram de tomar medidas que poderiam manter em sua jaula.
Genoíno foi condenado por corrupção sem nunca ter mexido com dinheiro em mais de 50 anos de atuação política. Os empréstimos que avalizou para o PT não envolviam fraudes financeiras, mas recursos verdadeiros, que foram empregados na finalidade declarada. Seu único bem imóvel, um sobrado na região do Butantã, foi comprado através de financiamento da Caixa Econômica Federal.
Integrantes da mais alta corte do país, ministros condenaram Genoíno soltando lágrimas de crocodilo. Com graus variados de docilidade, ele enfrentou na prisão sucessivas juntas médicas formadas exclusivamente para dar argumentos técnicos para a decisão política já tomada de impedir que deixasse a prisão. Genoíno foi mantido no cárcere até ontem para garantir a continuidade de um regime de populismo barato, que trata direitos humanos como privilégio e mordomia. Queriam transformar sua decência em vergonha, sua coragem em crime.
Pense em todos os atos indecentes que uma autoridade pode comprometer contra um cidadão aprisionado. Pense na falta de caráter que pode se esconder atrás de tantas demonstrações de autoridade. Pense na malvadeza, na covardia. Genoíno sofreu tudo isso e continuou de pé. Deixa a prisão como aquilo que sempre foi. Um exemplo.
E é por isso que o Brasil lhe deve desculpas. É um pedido por ele. Mas, essencialmente, um pedido por nós.

Lucros contradizem terrorismo dos bancos no Brasil

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Itaú, Bradesco e Santander lucraram R$ 19,7 bilhões só no 1º semestre, enquanto chantageiam a sociedade, os trabalhadores e o governo com previsões catastróficas

 por Carlos Cordeiro, no site da CUT

Que ironia dos fatos. O recente e deplorável episódio envolvendo o Banco Santander jogou um pouco de luz nos subterrâneos do mercado financeiro, que já há um bom tempo vem chantageando a sociedade, os trabalhadores e o governo com suas análises e previsões catastróficas.
Num primeiro momento, quando o Copom começou a baixar a taxa Selic, em meados de 2011, o propósito era emparedar as autoridades monetárias para seguirem a agenda do dito mercado. Conseguiu parcialmente, forçando, por exemplo, a subida da taxa básica de juros de 7,25%, naquele momento, para os 11% atuais. Mais recentemente, o “mercado” acrescentou a esse objetivo o terrorismo explícito para influenciar os resultados das urnas em outubro.
Mas como acreditar que estamos a um passo do precipício, quando olhamos para os balanços dos próprios bancos, recém-saídos do forno? Somente as três maiores instituições financeiras privadas que operam no Brasil (Itaú, Bradesco e Santander) apresentaram lucro líquido de R$ 19,7 bilhões no primeiro semestre deste ano, um incremento de 30,9% em relação ao mesmo período de 2013.
Só para se ter uma ideia da dimensão disso, em 2001 o lucro líquido de todo o sistema financeiro foi de R$ 9,8 bilhões (valor deflacionado pelo INPC/IBGE). De lá até dezembro passado o lucro do segmento cresceu 476,76%. O Banco Itaú se transformou na terceira maior empresa de capital aberto da América Latina, segundo estudo recente da Economática, e o Bradesco a sétima.
A rentabilidade do sistema financeiro na Europa e nos EUA gira em torno de 9 a 10%. No Brasil, a rentabilidade do Bradesco foi de 20,7% no primeiro semestre deste ano. A do Itaú, 23,1%.
E como os bancos obtêm aqui esses lucros fantásticos? Cobrando as mais altas tarifas, taxas de juros e spreads do mundo. A expansão do crédito no Brasil fica praticamente a cargo dos bancos públicos.
Outra fonte de receita importante das instituições financeiras vem do Tesouro Nacional. Metade do orçamento da União hoje é gasta com pagamento dos juros e amortizações da dívida pública, da qual os bancos são detentores de 30%. Estima-se que a cada 1 ponto percentual de aumento na taxa Selic R$ 6 bilhões saem do Tesouro para os cofres desses rentistas a cada ano. Desde março de 2013, a Selic subiu 3,75 pontos percentuais. São R$ 22,5 bilhões – o equivalente a um Bolsa Família ao ano.
Apesar desses lucros estratosféricos, os bancos fecharam mais de 35 mil postos de trabalho desde 2011, na contramão do restante da economia brasileira, além de demitirem milhares de bancários fazendo rotatividade para baixar custos e ganhar ainda mais.
Então, todo esse terrorismo econômico para interferir no processo eleitoral feito pelos bancos, como o Santander, não apenas afronta a democracia, como também leva a sociedade a fazer o debate sobre o papel dos bancos e a se questionar: o que é bom para o sistema financeiro é bom para o Brasil?

Carlos Cordeiro
Presidente da  Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro –Contraf-CUT